O uso da metanfetamina, conhecida como “droga do sexo”, tem ganhado espaço no Brasil, impulsionado pelo fenômeno do “chemsex” (festas movidas a sexo e drogas). A substância, que afeta diretamente o sistema nervoso central ao liberar dopamina, serotonina e noradrenalina, está sendo cada vez mais consumida por jovens de classe média e alta. Segundo Tiago Dias, do UOL, a droga “faz a pessoa se sentir como uma máquina sexual, em um prazer extremo, perdendo a noção do tempo”.
A droga, antes rara no Brasil, agora é traficada em maior volume, sendo encontrada em formatos como pó e cristais. “O efeito é parecido com o da cocaína, mas muito mais duradouro e potente”, destaca Dias. A Polícia Federal também registrou um aumento expressivo nas apreensões, principalmente no Aeroporto Internacional de Guarulhos.
Um caso que chamou a atenção da polícia ocorreu em julho deste ano, quando 1,9 kg da droga foi encontrada em um apartamento de luxo no bairro da Aclimação, em São Paulo. A operação resultou na prisão de seis pessoas, quatro delas de origem chinesa, ligadas a um esquema internacional de tráfico.
Além de um aumento significativo nas apreensões, a polícia também nota uma mudança na rota de entrada da droga no Brasil. Segundo o delegado Rodrigo Weber de Jesus, “antigamente, as ocorrências eram mais ligadas à Europa, mas agora os casos estão mais associados à América do Norte e Central”.