quinta-feira, 19 de setembro de 2024
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Consultor omite CEV ao pedir orçamento para apurar superfaturamento

O orçamento conseguido pela consultoria que auxiliou nos trabalhos da CEV (Comissão Especial de Vereadores) que investigou supostas irregularidades na Empro (Empresa Municipal de Processamento de Dados) teria sido conseguido…

O orçamento conseguido pela consultoria que auxiliou nos trabalhos da CEV (Comissão Especial de Vereadores) que investigou supostas irregularidades na Empro (Empresa Municipal de Processamento de Dados) teria sido conseguido de forma dissimulada, segundo acusa a empresa Taleron Sistemas, de Campinas.

O Rio Preto News apurou que ao pedir o orçamento para comparar com o que foi pago pela Empro pelos equipamentos e serviços do Datacenter, a consultoria teria omitido que se tratava de uma pesquisa para instruir o processo de apuração de supostos superfaturamento. Segundo uma fonte, o consultor teria omitido ainda que o teor do edital de compra com as especificações técnicas dos equipamentos e serviços a serem adquiridos.

A empresa deverá emitir uma nota oficial manifestando sua “indignação” com o episódio. A mesma fonte informou que a diretoria da empresa deverá afirmar que se sentiu “usada” pela CEV ao ser consultada e oferecer os valores em orçamento. Segundo o RPNews apurou, o pedido de orçamento teria sido enviado pelo consultor Marcos Raymundo.

Na nota, a Taleron deverá dizer que, seus valores não podem servir de parâmetro para afirmar que houve superfaturamento, uma vez que ela não estaria apta a fornecer os equipamentos e serviços estabelecidos no edital da Empro. Os valores propostos pela empresa, no orçamento pedido pelo consultor, não seriam praticados, caso a empresa participasse de uma licitação.

Elos valores apresentados pela Taleron Sistemas, os equipamentos custariam cerca de R$ 860 mil, enquanto os que foram comprados pela Empro teriam custado em torno de R$ 4,2 milhões. De acordo com a CEV, no entanto, a diferença entre os valores oferecidos pela empresa e o que teria sido pago pela Empro seria de R$ 1 milhão.

O presidente da CEV, vereador Pedro Roberto Gomes (Psol) reagiu ontem, afirmando que “estão querendo mudar o foco das discussões”. Ele não vê “nenhum problema” no fato de o consultor omitir que se tratava de uma pesquisa de preço para instruir uma Comissão que investigava uma empresa pública, “qualquer pessoa pode pedir um orçamento”.

Para Pedro, a empresa consultada “colaborou muito fornecendo seus preços”. Ele não teme que o fato tenha repercussão negativa e coloque em dúvida os trabalhos desenvolvidos pela CEV, “a questão é simples: quanto custou a compra de equipamentos e serviços do datacenter?”, questiona. Marcos Raymundo não foi encontrado para comentar o assunto.

Explicações
A presidente da Empro, Susélide Tenani entregou ontem ao prefeito Edinho Araújo (PPS), um pacote de documentos com as explicações pedidas sobre a denúncia de superfaturamento. Entre os documentos, Susélide teria juntado o orçamento da Taleron, solicitado pelo consultor Marcos Raymundo, da CEV.

O governo anunciou que uma decisão sobre o assunto só será anunciada nos próximos dias. O prefeito não fez nenhum comentário ao receber a documentação. Entre os documentos que Susélide enviou ao prefeito estaria uma carta em que ela colocou seu cargo á disposição.

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