sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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Construção civil tem aumento de quase 70 vagas em Fernandópolis

O emprego na construção civil na região noroeste voltou a cair em setembro depois de registrar, por dois meses seguidos, um maior número de contratações que demissões. A pesquisa realizada…

O emprego na construção civil na região noroeste voltou a cair em setembro depois de registrar, por dois meses seguidos, um maior número de contratações que demissões.

A pesquisa realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE), registra um corte de 207 vagas de trabalho em setembro. O número representa queda de 0,68% em relação ao mês anterior e diminui para 30. 275 o número de trabalhadores com carteira assinada na construção civil regional.

A pesquisa do SindusCon SP envolve 140 municípios que fazem parte da Regional de São José do Rio Preto. A cidade que mais emprega no setor é Rio Preto onde os números, pelo terceiro mês seguido, fecham com saldo positivo. Em setembro foram criados 19 novos postos de trabalho, o que representa aumento de 0,15% em relação a agosto e eleva para 12.793 o total de pessoas formalmente empregadas no setor.

Setembro interrompeu a sequência de quatro meses positivos do emprego em Catanduva registrando o fechamento de 49 postos de trabalho, queda de 2,90% em relação a agosto, com o total de 1.643 empregos no setor. Catanduva vinha registrando altas seguidas no emprego desde maio. Em Votuporanga o saldo também foi positivo com a contratação de 44 novos trabalhadores o que representa aumento de 2,56% em relação a agosto. É o quinto mês seguido de alta na cidade elevando para 1.762 os postos de trabalho na construção civil.

Números positivos também em Fernandópolis com a criação de 68 novas vagas, com aumento de 6,42% em relação a agosto e estoque de 1.127 vagas com carteira assinada no setor.

Já em Araçatuba os números estão negativos pelo quinto mês consecutivo. Desde maio a cidade tem mais demissões que contratações. Em setembro foram fechados 113 postos de trabalho, o que representa queda de 3,22% em relação a agosto e diminui para 3.400 o número de trabalhadores no setor, com registro em carteira. Andradina também teve números negativos com a eliminação de nove vagas, queda de 1,49% em relação ao mês anterior. A cidade tem 597 empregos formais na construção civil. Em Birigui setembro foi um mês positivo com a criação de 31 vagas elevando para 1.149 o total de trabalhadores registrados no setor. O aumento em relação a agosto foi de 2,77%.

Brasil

O cenário da construção civil no Brasil é bem mais difícil do que no noroeste do estado. Com a queda de 1,14% no nível de emprego em setembro na comparação com agosto, a construção civil brasileira alcançou a negativa marca de dois anos seguidos de cortes, totalizando 899.913 mil demissões. Foram 30.823 demissões em setembro, deixando o saldo de trabalhadores no setor em 2,678 milhões. Em outubro de 2014, primeiro mês de queda, o estoque era de 3,57 milhões.

Nos primeiros nove meses do ano houve corte de 225.069 vagas. Em 12 meses o saldo negativo é de 460.014 empregos a menos. Desconsiderando efeitos sazonais*, foram fechadas 48.068 vagas em setembro (-1,80%).

Os dados também são da pesquisa realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE).

Para o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, a nova queda do nível de emprego reflete a persistência de escassez de novos investimentos em construção, apesar do otimismo com a condução da política econômica. “Medidas que objetivem o reequilíbrio fiscal, como a instituição de um teto para os gastos públicos e a reforma da Previdência, são necessárias para recuperar a confiança dos investidores. Porém, não bastam para reaquecer a economia”, comenta.

Romeu Ferraz preconiza a necessidade de adoção urgente de outras medidas para estimular a produção e o emprego, como as reformas tributária e trabalhista, a racionalização das despesas do governo, a diminuição dos juros, a elevação da oferta de crédito e a agilização das concessões e parcerias público-privadas da União, estados e municípios.

Segmentação

Por segmento, obras de acabamento e imobiliário registraram as maiores quedas em setembro na comparação com o mês anterior, 1,30% e 1,29% respectivamente. No acumulado do ano, contra o mesmo período do ano anterior, o segmento imobiliário segue apresentando a maior queda (-17,76%), seguido por preparação de terreno (-14,92%).

A deterioração do mercado de trabalho afeta quase todas as regiões do Brasil, sendo que os piores resultados foram observados no Sudeste (-1,36%) e Nordeste (-1,16%). No estado do Rio de Janeiro, foram 6.441 demissões no período na comparação com agosto. Minas Gerais perdeu 2.226 vagas.

Estado de São Paulo

Em setembro, houve queda de 1,27% no emprego em relação a agosto – redução de 9,22 mil vagas. O estoque de trabalhadores foi de 724,8 mil em agosto para 715,6 mil em setembro. Desconsiderando a sazonalidade**, houve queda de 1,29% (-9,27 mil vagas). No período, o segmento de obras de instalação e imobiliário responderam pelo pior desempenho (-1,93% e -1,50%, respectivamente).

Na capital, que responde por 44,5% do total de empregos no setor, a queda em setembro na comparação com o mês anterior foi de 1,71% (-5.566 vagas). Em 12 meses, São Paulo registra retração de 13,96%. Entre as Regionais do SindusCon-SP, Santos apresentou a maior queda (-1,84%), seguido por Santo André (-1,67%). A Regional de Presidente Prudente foi a única a apresentar alta – 0,47%.

Gazeta de Rio Preto

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