Diante da criação do comissariado de menores para exercer função semelhante à do Conselho Tutelar, anunciado ontem pela juíza Sueli Juarez Alonso, responsável pela 2ª Vara da Infância e Juventude, cinco membros que integram o Conselho Tutelar reuniram-se hoje à tarde, durante coletiva de imprensa, para esclarecer a questão.
Na ocasião, os cinco conselheiros Raphael Meneguesso Ferreira, Ederaldo Jean Bertozzi, Monique Centurion Kalczuk Fedeli e José Mauro Rosa, que estão desde 20 de novembro de 2006 à frente do Conselho Tutelar, afirmaram que não foram comunicados da criação do comissariado de menores e souberam apenas através da imprensa.
“O Conselho Tutelar acha válida a medida, salvo se for para ajudar no combate das drogas e das bebidas alcoólicas. Porém, existem alguns pontos que discordamos do que foi mencionado pela juíza, principalmente no que diz respeito à falta de atuação. A atuação do conselho é efetiva na comunidade, somos eleitos pelo povo e trabalhamos pelo povo”, explicou Ferreira, presidente do conselho.
Para o conselheiro, se a medida adotada fosse para ajudar a entidade, seria mais simples. “O trabalho é grande e árduo, não podemos consertar o mundo. Fazemos o que está dentro das nossas condições”, desabafou.
Quanto à fiscalização em bares e postos de combustível, o conselheiro disse que sempre foram realizadas vistorias. “Sempre que a promotoria envia um mandado, nós cumprimos. Não importa se temos que ir ao local de madrugada, no período da manhã ou feriado, nunca deixamos de prestar serviço à comunidade. Estamos presentes em todas independentemente de mandado ou denúncia”, afirmou.
Questionado sobre a pouca atuação do Conselho Tutelar, alegação da juíza para criar um conselho paralelo, os membros relataram que pode ser falha de comunicação entre o Conselho e o MP.