De Brasília
Começa a fase de defesas no Conselho de Ética do Senado. Acusado pelo relatório parcial da CPI dos Sanguessugas, o senador Ney Suassuna, do PMDB da Paraíba, apresentará sua defesa ao conselho nesta terça-feira. Em depoimento ao colegiado, os empresários Darci e Luiz Antônio Vedoim confirmaram o repasse de dinheiro ao do esquema de corrupção ao ex-assessor de Suassuna, Marcelo Carvalho. Apesar de reconhecer indícios de irregularidades, o senador Jefferson Peres, relator do processo contra Suassuna, considera prematuro o julgamento do senador paraibano.
É um indício, é um indício. Vamos ver se esse indício se torna mais forte diante de outros depoimentos, inclusive do próprio senador. Se forem indícios muito fortes, será caso de condená-lo. Se os indícios forem frágeis, não. Eu não sei. É prematuro. O senador pode ser absolvido e condenado.
Além de Ney Suassuna, os senadores Magno Malta e Serys Slhessarenko também são apontados como participantes da frade na compra de ambulâncias por meio de emendas ao orçamento da União. Ainda nesta terça-feira, o Conselho de Ética se reunirá durante a tarde para tomar o depoimento do chefe de gabinete do senador Magno Malta e de José Luiz Cardoso, o dono do carro comprado pela Planam e emprestado ao senador Magno Malta pelo deputado Lino Rossi. Também está prevista uma acareação entre os Vedoim e Paulo Roberto Ribeiro, genro da senadora Serys Slhessarenko. Ribeiro é acusado de receber 35 mil reais em nome da senadora para negociar a apresentação de emendas parlamentares em benefício da Planam. No Conselho de Ética da Câmara, o presidente Ricardo Izar ainda finaliza a entrega das notificações de cada um dos 67 deputados suspeitos. Izar pretende concluir os processos no Conselho até dezembro.