quinta-feira, 19 de setembro de 2024
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Conheça os “Diferentões” do Sertanejo de Fernandópolis

A junção de música com animação nunca esteve tão presente quanto nas apresentações da dupla que leva o público aos risos com imitações, piadas, trocadilhos entre músicas e muito bom…

A junção de música com animação nunca esteve tão presente quanto nas apresentações da dupla que leva o público aos risos com imitações, piadas, trocadilhos entre músicas e muito bom humor.

É difícil saber o que causa mais espanto no público, a imitação de Teodoro e Sampaio feita por Jorge Pontes que se sempre arranca um “nossa é igualzinho” ou quando Neguinho do Batuque se veste de anjo para interpretar a música Anjo Chapadex. Porém se engana quem pensa que por serem jovens a dupla apenas interpreta músicas da nova geração.

Além do sertanejo universitário, Jorge Pontes e Neguinho do Batuque, que integram a Orquestra de Violas de Fernandópolis, fazem questão de dedicar uma parte do show ao verdadeiro sertanejo, com músicas que marcaram época e que ficaram eternizadas na memória dos brasileiros. Isso também ocorre quando Jorge Pontes pega na viola e relembra o saudoso Tião Carreiro com solos inesquecíveis. Até mesmo o rock é lembrado pela dupla, já que o cantor Neguinho do Batuque, baterista nato e professor de música da ADVF – Associação dos Deficientes Visuais de Fernandópolis-, possue forte ligação com o gênero. Assim, os dois jovens que começaram timidamente e que já ganharam notoriedade na cidade pela forma marcante de se apresentar, conseguem agradar aos públicos mais exigentes, sempre acompanhados pelo violonista Juca Mantovani, o sanfoneiro Renan Siqueira e o baixista Lúcio Passeti, músicos de qualidade com passagens por outras bandas e pelo Projeto “Os Sonhadores” que propicia a iniciação de jovens na Música. Sem apoio financeiro algum, a dupla consegue apenas com a divulgação, via facebook e parceiros de imprensa, levar um bom público aos bares da cidade, comprovando que a aposta no show é uma boa opção de retorno financeiro aos donos de estabelecimento que contam sempre com casa cheia.

“Na segunda vez que vieram aqui muitos já haviam reservado mesa quando souberam que viriam. Me desdobrei para buscar mais cadeiras e cerveja, foram alguns que esperaram em pé do lado de fora”, contou Rogério Rezende, proprietário do Bar Soberano’s, que fica no interior do Recinto da Expo. Sem deixar as demais atribuições do dia a dia de lado, os demais sempre reforçam a ideia de que cantam atualmente apenas por amor à música e por se sentirem bem quando estão nos palcos. “Começamos por brincadeira como a maioria, mas sempre tivemos pés no chão. Claro que não seremos nós quem vai prostituir o já prostituído mercado da música tocando de graça ou a troco da janta, mas estaremos juntos enquanto isso nos causar prazer. Se um dia alcançarmos um nível mais alto será em consequência do trabalho”, disse Jorge Pontes.

Neguinho do Batuque, por sua vez, lembra mais um diferencial da dupla, que faz questão de se considerar uma banda sertaneja, onde todos os componentes têm o mesmo valor dentro do grupo. “Quando era apenas nós três, eu o Jorge e o Juca, dizíamos que éramos uma dupla de três, tudo fazíamos juntos, entrevistas, fotos, enfim, agora em 2015 com o Renan e o Lúcio somo uma dupla de cinco ou um quinteto de dois (risos). Acho que esse espírito família de querer crescer juntos, sem esse egoísmo de que quem experimenta da fama são só os dois vocalistas, vem de berço. Todos nós temos ligação com a filantropia, e com projetos sociais. O pai do Jorge preside o asilo, os meninos tocam ou tocaram na banda do Os Sonhadores, eu integro o Ejocri, enfim, são vários trabalhos nesse sentido. Tudo por amor”, conta Neguinho do Batuque.

Jornal 4 Cantos

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