
Conheça o trabalho da divisão que identifica vírus em circulação no estado de São Paulo

Um serviço pioneiro implementado pelo Governo de São Paulo tem conseguido identificar com rapidez os vírus circulantes no estado e apoiado os técnicos da Secretaria de Estado da Saúde (SES) a articular ações no tempo oportuno. São as chamadas unidades sentinelas de arboviroses que identificaram, por exemplo, a presença do sorotipo 3 da dengue como predominante neste ano e a chegada da febre Oropouche, em 2024. A estratégia de monitoramento está distribuída em hospitais, unidades de saúde e laboratórios.
São 71 unidades distribuídas pelo estado, em 62 regiões de Saúde. Por meio delas, os profissionais da saúde coletam dados e realizam testes laboratoriais. Após a detecção do vírus, a SES toma medidas de controle e prevenção, direcionando adequadamente os recursos e esforços no controle das arboviroses urbanas.
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“Desde o ano passado, conseguimos verificar que o sorotipo 3 da dengue estava entrando no estado. Também foi por meio das unidades sentinelas que identificamos, em 2024, o surgimento dos casos de febre Oropouche”, exemplifica Regiane de Paula, coordenadora em Saúde da Coordenadoria de Controle de Doenças.
As unidades sentinelas realizam a coleta de duas a cinco amostras por semana dos pacientes atendidos que preenchem os critérios de caso suspeito de dengue, como febre alta, dor atrás dos olhos, dor de cabeça etc., até o quinto dia do início dos sintomas.

As amostras são cadastradas no Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL), sistema próprio do Instituto Adolfo Lutz (IAL), e encaminhadas para análise laboratorial. No IAL, as amostras são testadas para identificar as arboviroses, e os resultados são usados para monitorar a doença e tomar decisões de saúde pública, como medidas de controle e alertas à população. Dependendo da situação epidemiológica, o laboratório poderá solicitar exames adicionais para detecção de outras arboviroses, como febre Mayaro e febre do Oropouche.
Em meio ao aumento dos casos de dengue no estado, o Governo de São Paulo reforça a vigilância para identificar precocemente mudanças no padrão de circulação dos arbovírus. A predominância da detecção do sorotipo 3 ou a possível introdução de um novo vírus são aspectos monitorados de perto, permitindo a adoção de medidas oportunas de enfrentamento. Esse acompanhamento é essencial para identificar áreas com maior risco e fortalecer as ações de controle.
Ações do Governo de São Paulo
O Governo de São Paulo tem reforçado as ações de combate às arboviroses, com o repasse de R$ 228 milhões por meio do IGM SUS Paulista (Incentivo à Gestão Municipal), destinado a apoiar os 645 municípios no enfrentamento das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Além disso, foi criado o Centro de Operações de Emergências (COE), responsável por coordenar e integrar as ações de vigilância, prevenção e controle das arboviroses.
O COE monitora a situação epidemiológica em tempo real, articula ações entre setores e direciona recursos para as regiões mais afetadas, buscando uma resposta eficiente às emergências em saúde pública.

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