O Conselho Municipal da Pessoa Portadora de Deficiência (CMPPD), em parceria com a Prefeitura de Votuporanga, promoveu na tarde de ontem a II Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, com o tema “Inclusão, participação e desenvolvimento: Um novo jeito de avançar”.
A Conferência discutiu políticas de atendimento, através de grupos de trabalho montados para levantar discussão sobre a saúde e reabilitação profissional, educação e trabalho e acessibilidade. A presidente do Conselho Regional, Márcia Paes Godoi, foi convidada a falar sobre os temas. Dois delegados eleitos durante o evento representarão Votuporanga Conferência Regional, no dia 24 deste mês em São José do Rio Preto.
O objetivo do evento, de acordo com o presidente do Conselho, Douglas Lisboa da Silva, é possibilitar um amplo processo de discussão, reflexão e de proposição visando analisar os obstáculos e avanços da Política Nacional para Integração da Pessoa com Deficiência.
“O deficiente precisa entender, principalmente, seus direitos como cidadão, como pessoa ativa na sociedade. O trabalho que o conselho desenvolve é exatamente no sentido de resgatar as pessoas de suas casas, trazê-las para a discussão. Essas pessoas precisam ampliar seus horizontes, ter perspectiva e qualidade de vida”, explica Márcia.
Segundo Eva Aparecida de Oliveira Barbosa, fundadora da Associação de Assistência ao Deficientes Físicos e Audiovisuais de Votuporanga (AADAFAV) e atuante no movimento em prol dos deficinetes há mais de 40 anos, Votuporanga ainda é muito primária quando o assunto é acessibilidade.
“Falta uma política voltada para as áreas da saúde, da cultura, do esporte e outras. Já na área da educação avançamos muito nos últimos anos. Hoje contamos com professores capacitados, material didático específico, transporte. Precisamos dessa atenção em outras áreas.” De acordo com dados da ONU (Organização da Nações Unidas), cerca de dez por cento da população de cada município é portador de algum tipo de deficiência. Estima-se que em Votuporanga existam mais de sete mil portadores. “Imagine esse número com relação ao comércio, pessoas economicamente ativas”, alerta Eva.
O grupo busca propor e debater políticas de atendimento a este público e também recebe denúncias de violência contra portadores de deficiência. O telefone é o (17) 3426.2600.