domingo, 22 de setembro de 2024
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Como proteger o pequeno e o médio negócio da crise

Com objetivo de analisar o atual cenário econômico e orientar os empresários sobre as melhores práticas para enfrentar o período de retração econômica, a Sage, multinacional do setor de softwares…

Com objetivo de analisar o atual cenário econômico e orientar os empresários sobre as melhores práticas para enfrentar o período de retração econômica, a Sage, multinacional do setor de softwares para pequenas e médias empresas, promoveu o seminário online “Sem crise: preserve o patrimônio da sua empresa com uma boa gestão financeira”.

Durante a palestra, o analista de projeto e instrutor da Sage, Marcelo Dias, fez um overview do momento desafiador pelo qual passa a economia brasileira, abordando tópicos como o aumento do desemprego, a queda no consumo das famílias, a elevação dos juros e de impostos. “O momento de crise requer que o gestor esteja bem preparado mental e fisicamente, para que possa adotar as melhores decisões”. Para o administrador, a crise deve ser vista como uma oportunidade para se pensar formas de inovar no negócio.

O palestrante deu dicas de como o dono do negócio pode preservar o patrimônio empresarial e pessoal, permitindo que seu empreendimento atravesse o momento de crise com fôlego financeiro. Confira.

Planejamento

O planejamento é imprescindível para o sucesso da empresa. Não deve ser visto como perda de tempo, mas sim como investimento, pois possibilita a redução de custos e diminuição das chances de erros. Para traçar um planejamento empresarial, o empreendedor deve seguir algumas etapas: estabelecer metas junto com a equipe; ordená-las por prioridade e viabilidade, fazendo um primeiro esboço daquilo que pretende realizar; criar uma visão única para a empresa, determinando aonde quer chegar e como fará para alcançar esse objetivo; potencializar os resultados, capacitando funcionários e indo a busca de novos clientes; e, por fim, direcionar esforços para o resultado desejado, visando atingir a meta. O direcionamento pode ser feito, por exemplo, com o estabelecimento de metas individuais para cada funcionário.

Organizar as tarefas diárias, sejam empresariais ou pessoais, também é importante. Nesse caso, a sugestão é fazer listas de tarefas e cronograma para sua execução. Muitas ferramentas disponíveis gratuitamente na internet podem ajudar nesse processo.

Potencializando resultados

Para potencializar os resultados de seu negócio, o empresário deve estar sempre bem informado para ser capaz de reconhecer, antecipadamente, problemas futuros. Essa postura é essencial para quem quer evitar ser muito impactado pela crise e permite que o dono da empresa esteja preparado para lidar com ameaças internas, como funcionários insatisfeitos e falta de manutenção dos equipamentos, que podem gerar a interrupção das atividades. As ameaças externas também devem estar no radar. O avanço da concorrência deve ser sempre observado de perto para verificar se as outras empresas estão passando a frente. Também é preciso ter cuidado com os impostos, evitando um custo maior do que o necessário com as obrigações jurídicas. Para isso, ter uma assessoria contábil e tributária é recomendável.

Ainda para a potencialização dos resultados, o empreendedor deve priorizar atividades que auxiliem no alcance dos objetivos estabelecidos. Além da experiência prática que o cotidiano do negócio traz, o empresário deve sempre buscar cursos que ajudem a aprimorar a visão administrativa, tornando-o capaz de identificar melhores oportunidades de negócio, estratégias alternativas e as formas mais adequadas de aplicar os recursos financeiros da empresa.

Planejamento orçamentário

O planejamento orçamentário é importante porque fornece indicadores que apontam para onde a empresa está indo e relatórios que indicam qual rumo o empreendedor deve tomar. Além disso, a partir desse planejamento, o empresário deve ser capaz de distinguir os gastos necessários dos supérfluos.

Para elaborar o planejamento orçamentário é preciso ter em vista os aspectos externos à empresa, como inflação, taxa de juros, legislação e o setor de atividade. Também é preciso analisar os aspectos internos, como capital de giro, níveis de estoque, qualidade do produto, canais de distribuição e equipamentos. O ambiente em que a empresa está inserida é outro ponto que deve ser levado em conta. Por meio do planejamento, o dono do negócio deve ser capaz de avaliar as vantagens tributárias oferecidas pelo local em que ele está instalada, a facilidade de entrada de novos concorrentes ou produtos similares no mercado e a disponibilidade de mão de obra qualificada para o ramo de atividade exercida.

Com o planejamento em mãos, é possível garantir o bom controle do orçamento com o uso de softwares de gestão, como o Sage Gestão Empresarial, que proporciona o controle financeiro, comercial e de estoque, além de facilitar a emissão de notas fiscais.

Patrimônio

A defesa do patrimônio empresarial passa pelo bom controle do patrimônio pessoal, evitando assim desfalques na empresa. Do ponto de vista do negócio, cuidar dos clientes, dando atenção a eles e estabelecendo empatia, é uma das principais medidas a serem tomadas. O empreendedor deve ter em mente que os clientes são o topo da pirâmide da empresa. Ele deve transmitir a seus funcionários a ideia de que todos trabalham para que o cliente esteja satisfeito e se sinta importante.

Para enfrentar o período de crise, o controle das contas empresariais também deve considerar o corte, por exemplo, de viagens desnecessárias e custos operacionais que possam ser adiados.

Para o controle do patrimônio pessoal, o comerciante precisa estar atento às formas de investimentos pelas quais opta. Segundo o analista da Sage Marcelo Dias, os modelos mais conservadores, como o Tesouro Direto, são mais recomendáveis nesse momento. A poupança não se mostra como um investimento interessante, pois seus rendimentos estão abaixo da inflação, ou seja, o investidor que deixa seu dinheiro na caderneta tem perdido poder de compra. O consumidor deve também apertar o cinto e cortar gastos pessoais desnecessários.

Preço

O empresário deve estar atento ao modo como precifica seus produtos de forma a obter lucratividade real. Qual deveria ser o valor de venda de um produto comprado por R$ 100 do fornecedor para que o lucro obtido seja de 20%? Algo em torno de R$ 120,00? Errado. O valor correto de venda seria de R$ 189,57. Isso porque o cálculo do preço final deve levar em consideração não apenas o lucro desejado, mas também os encargos tributários decorrentes da soma de PIS, Cofins e ICMS, que chegam a 27,25%.

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