Em 2010, um acessório inusitado ganhou a atenção mundial: a pulseira Power Balance. Prometendo melhorar “equilíbrio, força e energia”, o objeto atraiu famosos e atletas, mas a realidade por trás desse fenômeno era bem diferente. Com um apelo quase mágico, a pulseira prometia uma transformação no desempenho físico de quem a usasse, mas a verdadeira “magia” estava na ilusão.
A ideia dos irmãos Troy e Joshua Rodarmel nasceu em uma tarde ensolarada em Orange County, Califórnia, Estados Unidos, quando decidiram criar uma pulseira de silicone com hologramas que supostamente tinham propriedades benéficas. Fundada com o apoio do pai, a empresa Power Balance rapidamente se tornou um sucesso global.
A primeira distribuição das pulseiras ocorreu durante o campeonato de surfe “US Open of Surfing” em 2007, onde 50 mil unidades foram entregues. Com o preço acessível de 30 dólares, o acessório conquistou tanto atletas de elite quanto o público em geral, tornando-se um verdadeiro símbolo de status.
Em 2010, as vendas atingiram impressionantes 35 milhões de dólares, impulsionadas pelo uso de celebridades como Shaquille O’Neal, David Beckham, Leonardo Di Caprio, Lindsay Lohan e Cristiano Ronaldo, que elevou a pulseira ao patamar de amuleto da moda. Os irmãos promoviam testes simples para “comprovarem” a efetividade que foi desmentida por estudos mais complexos anos depois.
