terça, 7 de janeiro de 2025
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Como a inflação diminui o poder de compra do cidadão

No início deste mês, o Comitê de Política Monetária do Banco Central anunciou o 12º aumento consecutivo na taxa Selic , que passou de 13,25% para 13,75% ao ano. A…

No início deste mês, o Comitê de Política Monetária do Banco Central anunciou o 12º aumento consecutivo na taxa Selic , que passou de 13,25% para 13,75% ao ano. A justificativa para o aumento da taxa básica de juros é o controle da inflação, ou seja, do aumento dos preços dos produtos e serviços básicos. Mas você sabe como a inflação diminui o poder de compra do cidadão?

Entenda o movimento cíclico entre aumento da taxa Selic e da Inflação
O Copom administra a taxa básica de juros com o objetivo de controlar o volume de dinheiro que é injetado na economia. A lógica é a seguinte: quanto mais dinheiro estiver disponível, mais as pessoas consumirão, com a maior demanda de consumo, os preços sobem.

Mas com o aumento da Selic, tudo fica mais caro e o poder de compra do cidadão diminui consideravelmente. Mas o menor consumo familiar não é o único problema causado pela inflação…

As empresas começam a reduzir seus investimentos, o que gera uma diminuição das vagas de emprego e um menor crescimento econômico. Com expectativas incertas sobre a economia nacional, também ocorre uma desvalorização da moeda.

Aumento generalizado de preços
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os preços dos alimentos e bebidas vendidas em mercados brasileiros subiram 9,83% entre janeiro e julho deste ano.

Estima-se que os preços da cesta básica ultrapassaram a inflação em todo o país , porque os aumentos já ultrapassam os 20%, o que compromete 59,68% da renda líquida de uma pessoa que recebe um salário mínimo ao mês.

O aumento da inflação prejudica as condições de vida da população mais pobre, porque compromete uma fatia muito generosa do orçamento familiar com insumos básicos. Segundo o IPCA, os maiores índices de aumento foram registrados em:
1. Vestuário +9,14%
2. Alimentos e bebidas +8,42%*
3. Transportes +7,38% – embora o presidente Jair Bolsonaro tenha cortado os impostos sobre combustíveis.
4. Educação +6,24%
5. Saúde +5,87%
6. Despesas pessoais +3,55%
7. Comunicação +2,26%
*Considerando o percentual entre janeiro e junho de 2022

O que os brasileiros podem fazer para driblar a alta da inflação
Como o poder de compra do brasileiro está menor, é muito importante que você mantenha um planejamento financeiro, pague as contas em dia, diminua os gastos, comece a economizar, pesquise e compare preços antes de comprar, busque opções de renda extra e aprenda sobre educação financeira – pode ser de uma forma leve, com filmes e séries.

“Vários longas abordam o tema, como o documentário Vivendo com um Dólar, produzido com o objetivo de conscientizar que existem mais de um bilhão de pessoas no mundo em extrema pobreza”, conta Nayara de Azevedo do Late Night Streaming.

Entenda as causas do aumento da inflação
O aumento da inflação no Brasil pode estar atribuído a inúmeros fatores, desde a crise hídrica, aumento nos preços dos combustíveis e gastos do Governo Federal até questões globais como Pandemia de Covid-19, Guerra entre Rússia e Ucrânia, aumento do dólar etc.

E os especialistas projetam inflação e Selic ainda maiores até o fim deste ano. São tempos difíceis para os brasileiros.

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