Comissão especial criada na Câmara Municipal para analisar o sistema de coleta de lixo de São Paulo alerta para falhas no modelo adotado e um possível colapso na cidade. “O apagão do lixo já está anunciado, só falta acontecer”, resume o presidente da comissão, vereador Paulo Frange (PTB). A principal preocupação é em relação ao esgotamento dos aterros das duas concessionárias de São Paulo, a Loga e a Ecourbis.
Atualmente, a cidade depende de aterros particulares, sendo que o Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) de Caieiras tem recebido todo o lixo da Loga e parte do da Ecourbis. Por dia, são recolhidas 13 mil toneladas de lixo na capital. A Loga, responsável pelo atendimento da Zona Oeste e Zona Norte da cidade, ficou sem opções após o esgotamento do Aterro Bandeirantes, em Perus, na Zona Norte.
A Ecourbis passou a utilizar o CTR Caieiras após problemas no Aterro São João, que está interditado desde 13 de agosto, quando houve um deslizamento no local. O lixo sob responsabilidade da concessionária, cerca de seis mil toneladas por dia recolhidas da Zona Leste e Zona Sul da cidade, vinha sendo empilhado em camadas cobertas de terra na encosta de um morro, formando uma montanha. Ainda não há previsão para a desinterdição.