Um comerciante de 50 anos foi morto durante a madrugada de sexta-feira (9), na rua Osvaldo Aranha, no Parque Industrial, em Rio Preto. A suspeita é que o homem tenha sido espancado até a morte por dois conhecidos.
Segundo a Guarda Civil Municipal, que atendeu a ocorrência, a vítima foi encontrada morta por dois vizinhos que estranharam o portão aberto. O corpo estava com os pés amarrados por um cinto e mãos, com fio de cobre. Também estava vestia apenas roupa íntima e estava enrolado a um lençol com um capuz cobrindo a cabeça.
De acordo com o filho da vítima, Rafael Galhado, o comerciante Márcio Antonio Galhardo era divorciado e morava sozinho. Trabalhava com móveis antigos e morava em um cômodo, nos fundos do comércio.
“Meu pai não era um homem violento. Nunca foi violento com a minha mãe. Até onde sabemos, ele não tinha namorada e não estava se relacionando com ninguém. Ele não entregaria suas coisas, certamente reagiria, mas nunca foi violento”, comentou Rafael.
Ainda segundo o filho da vítima, pelas imagens do circuito de segurança é possível ver que dois homens chegaram ao local do crime, por volta de 2 horas da madrugada. A vítima abre o portão e os criminosos entram.
“Tudo leva a crer que eram conhecidos do meu pai. Ele já vinha relatando o desaparecimento de algumas ferramentas. O celular dele tinha sido levado a poucos dias”, acrescentou Rafael.
O delegado Marcelo Goulart da Silva, que atendeu a ocorrência, comentou que a moto e o notebook da vítima desapareceram. “Até o momento, sabemos que os bandidos levaram a moto e um notebook. A família também fala de uma quantia em dinheiro, proveniente da venda de um carro, mas não encontramos indícios de que o dinheiro estava no comércio”, explicou.
A perícia não encontrou perfurações no corpo, apesar de haver sangue espalhado pelo local, mas acredita que o homem foi torturado até morrer. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal, que deve emitir um laudo apontando as causas da morte dentro de 30 dias.
Os investigadores recolheram imagens do circuito de segurança dos estabelecimentos vizinhos. O caso está sendo investigado pela DIG, Delegacia de Investigações Gerais, como latrocínio, que é roubo seguido de morte. O delegado responsável é o doutor Wander Luciano Solgon.
A moto levada pelos suspeitos ainda não foi localizada. Até o momento, ninguém foi preso.