Geralmente, o domingo é um dia preguiçoso e serve para a família se reunir e compartilhar comida e conversa fiada, quase um ritual para esperar a segunda-feira, essa sim, a grande madrasta da semana.
Diferente de tantos outros, porém, esse foi um domingo muito especial. Primeiro, era dia dos pais. Segundo, também se comemorava o dia do advogado.
Graças à coincidência de caírem no mesmo domingo, pude comemorar as duas efemérides em companhia do meu pai e meu filho. Assim como eu, meu velho pai é advogado e meu jovem filho também trilha o mesmo caminho.
Partindo da constatação de que essa coincidência de datas demore muitos anos para ocorrer novamente, ou talvez nem mesmo ocorra, sei lá, tratamos de deixar as preocupações de lado e saboreamos momentos de intensa alegria e emoção, como há muito tempo não fazíamos, principalmente pela distância entre Fernandópolis e Londrina.
Pensando nisso, refleti sobre ser feliz e percebi que, na maioria das vezes, a felicidade está nas coisas mais simples e nos momentos mais singelos. Aliás, embora “ser feliz” remeta a muitas discussões, a verdade é que a felicidade só é alcançada na tranqüilidade de um coração em paz. O meu estava em paz.
Aliás, eu estava feliz simplesmente porque estava rodeado das pessoas que me são caras e das quais não podemos prescindir em nenhum momento: a família.
Ao meu lado, a esposa, o filho, o pai, a mãe, os tios e as tias, os primos. Foi aí que minha ficha caiu e percebi que ser feliz depende de cada um de nós. Não depende de dinheiro ou patrimônio vultoso.
Não depende de força humana. A felicidade depende tão somente de um coração totalmente em paz, mesmo porque, onde há paz, o amor habita, e onde o amor habita, a presença de Deus também é uma constante, daí porque o domingo feliz é o dia do Senhor.
Pena que o domingo se foi rapidinho, mas seu legado foi sentido já na segunda feira, recebida com uma certa benevolência, principalmente pelo retorno da mana querida, que retornou ao Brasil e tinha sido a única ausência do domingo.
