sábado, 23 de novembro de 2024
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Começa julgamento de padrasto que matou bebê com violência

Começou em Santa Salete nesta quarta-feira, 05 de junho, o julgamento do padrasto acusado de matar uma criança de um ano e seis meses em Aspásia. O crime ocorreu no…

Começou em Santa Salete nesta quarta-feira, 05 de junho, o julgamento do padrasto acusado de matar uma criança de um ano e seis meses em Aspásia. O crime ocorreu no dia 23 de janeiro do ano passado e causou uma grande onda de comoção.

De acordo com informações iniciais, o local do julgamento está sendo a Câmara Municipal de Santa Salete.

T.S.O. foi preso em flagrante delito um dia depois de cometer as ações contra o bebê. Na época em que o crime foi cometido o delegado operacional da Central de Polícia Judiciária de Jales, Dr. Sebastião Biasi, demonstrou a possibilidade de ele responder por lesão corporal seguido de morte, cárcere privado, violência doméstica, posse de arma de fogo de uso restrito. Todos os crimes com agravantes de pena, que podem ultrapassar de 20 anos.

O CRIME

Segundo o delegado, a criança identificada como Guilherme, ficou com o padrasto T.S.O., quando a mãe foi até o CRAS da cidade, por volta das 14h, de terça-feira, 23 de janeiro de 2018, solicitar a transferência do Bolsa Família, já que haviam se mudado para Aspásia a menos de 20 dias.

Quando retornou encontrou o bebê com hematomas no abdômen, de imediato ele teria ameaçado contra a vida de Patrícia, a mãe de 18 anos, com uma arma, ela também foi agredida, com puxões de cabelo, diz a polícia.

Com a piora no estado de saúde da criança o padrasto concordou em acionar uma ambulância, desde que a mãe, contasse que o filho caiu de uma pia da casa, fato que concordou imediatamente afirmou o delegado. Segundo Biasi, o socorro para a criança foi prestado inicialmente com a permissão dele às 18h. Ela sustentou essa versão no atendimento da UPA-24h de Jales e na Santa Casa, mas confessou tudo com á chegada da Polícia e do Conselho Tutelar.

“A criança piorou e passou por cirurgia, suspeitaram da violência maior, porque não apresentava lesões no corpo a não serem no estômago, os órgãos internos estavam rompidos. Por isso acionaram o Conselho Tutelar e a Polícia” disse Biasi.

A Polícia foi acionada, sendo que agentes da Central de Polícia Judiciária realizaram buscas na residência do casal, com o acompanhamento da mãe, na cidade de Aspásia. Os policiais encontraram um revólver, calibre 38, com a numeração raspada de marca Taurus, foram encontradas no local 06 cartuchos intactos. Todo o material estava escondido no forro do banheiro. T.S.O. foi preso em flagrante delito. Ele foi recolhido para uma cadeia da região.

A FUGA

No dia 5 de janeiro, o padrasto já teria agredido a criança, ainda quando estavam em Campinas, na época também fez ameaças contra a mãe. A denúncia foi feita em um distrito policial da cidade, segundo o delegado, por um tio avô do bebê quatro dias depois, quando prestou o socorro necessário.

O padrasto T.S.O. tem envolvimento com a criminalidade, já que a vinda para Aspásia para a casa de parentes trata-se de uma fuga, sendo que ele estava sendo procurado por outros criminosos.

Além de ser investigado por participação em homicídios, o pai da criança, identificado como Cleiton foi morto em 2016, em um caso suspeito. O homicídio de uma mulher que teria ligação com outro envolvido na morte de Cleiton também é alvo de inquérito policial.

RETORNO

“Ela nunca viu ou veio para casa de parentes dele, Patrícia retornou para Campinas, voltou para cidade dela, com a família, com recursos nossos e do Conselho Tutelar”, destacou Biasi. O corpo da criança foi sepultado em Campinas.

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