Começou por volta das 9h desta sexta-feira o julgamento da vendedora Simone Cassiano da Silva, acusada de jogar a filha recém-nascida na Lagoa da Pampulha, dentro de um saco plástico, em janeiro de 2006. O bebê, que recebeu o nome de Letícia, foi resgatado com vida e hoje está sob a guarda de um casal.
O julgamento acontece no 1º Tribunal do Júri de Belo Horizonte, Minas Gerais. Ao chegar à audiência, o advogado de Simone, Mateus Vergara, voltou a negar que sua cliente tenha cometido o crime. A vendedora é acusada de tentativa de homicídio e, se condenada, pode pegar de 12 a 30 anos de prisão.
Simone, que estava detida no presídio Estevão Pinto, chegou ao fórum sob forte proteção policial. A segurança no local foi reforçada diante de possíveis manifestações populares, já que o caso ganhou grande repercussão.
Histórico – A filha de Simone foi salva graças ao aviso de um casal que passava pela Lagoa da Pampulha e ouviu um barulho suspeito, no dia 28 de janeiro de 2006. O vigia do parque foi chamado e, com a ajuda de uma vara, puxou o saco plástico que se mexia na água.
Inicialmente, todos pensaram que se tratava de um gato. Ao abrir o saco, porém, o vigia se surpreendeu ao encontrar o bebê com vida, chorando. O resgate foi filmado por um cinegrafista amador e causou comoção em todo o país.
A mãe foi presa um dia depois do crime e negou ter jogado a criança na água. Alegando sofrer de depressão pós-parto, ela disse ter dado a filha a um grupo de moradores de rua.
