O ministro interino da Saúde, Jarbas Barbosa, abre hoje, em Brasília, a Semana Nacional da Doação de Órgãos. Na ocasião, o Ministério da Saúde entregará o prêmio “Destaque na Promoção da Doação de Órgãos e Tecidos no Brasil”. Instituído em 2005, o prêmio tem como finalidade incentivar as ações de promoção de transplantes.
Na quarta-feira, a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), lançará a 8ª Campanha Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos. No dia 27, comemora-se o Dia Nacional do Doador. Segundo a ABTO, 60 mil é o número de brasileiros que aguardam por um transplante.
No Brasil, os órgãos mais doados são as córneas e os rins. De acordo com dados do Ministério da Saúde, em 2004 foram doados 5.419 córneas e 3.041 rins em transplantes pagos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Outras doações foram de: medula óssea (1.141), Fígado (807), Coração (192), Rim/Pâncreas (131), Pâncreas Isolado (44) e Pulmão (40). Do total de doações, 1.430 partiram de doadores cadáveres e 10.870 de doadores vivos.
A doação de órgãos no Brasil é regulamentada por lei desde 1997. De acordo com a legislação brasileira, dois tipos de doação são permitidos: doação de órgãos de doador vivo, se o doador for familiar até o 4º grau de parentesco; e doação de órgãos ou tecidos de doador falecido, determinada pela vontade dos familiares até o 2º grau de parentesco e mediante termo de autorização de doação.
Portanto, para se tornar um doador é necessário conversar com a família e deixar claro o desejo. Não é preciso deixar nada por escrito, mas os familiares devem se comprometer a autorizar a doação por escrito após a morte.
A doação de órgãos só é feita após a constatação de morte encefálica e se uma ou mais partes do corpo (órgãos ou tecidos) estiverem em condições de serem aproveitadas para transplantes. Para falar com as centrais estaduais de transplante, é só ligar para o Disque Transplante, pelo telefone 0800611997.