Mais de três mil prefeitos são esperados em Brasília para a Marcha em Defesa dos Municípios. Neste ano, o encontro vai debater a reforma federativa. Entre as principais reclamações dos prefeitos estão o aumento do Fundo de Participação dos Municípios em um por cento. Esse projeto aguarda por aprovação na Câmara dos Deputados. Além dele, há ainda a reivindicação quanto a regulamentação do percentual que a União terá que gastar com saúde nos municípios. O presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski, explicou que atualmente as prefeituras gastam 15 por cento do que arrecadam com saúde e os governos estaduais gastam 12 por cento. Segundo ele, a regulamentação do percentual do que a União deverá gastar com saúde pode significar 15 bilhões de reais a mais para o setor. Assuntos como educação, segurança e habitação também serão discutidos no encontro, como explicou Ziulkoski.
Eu acho que nós temos que sensibilizar e pressionar democraticamente legitimamente para que aja essa retenção. Os prefeitos não estão vindo à Brasília para passear, estão gastando muito. Uma marcha dessa é muito cara, o cidadão que está pagando isso. Agora, as autoridades têm que entender esse outro lado. Se não entenderem, também não podemos ficar parados lá na ponta.
O Governo Federal tem se mostrado favorável a uma discussão com os prefeitos. De acordo com o secretário de assuntos federativos da Secretaria de Assuntos Institucionais da Presidência da República, Vicente Trevas, a idéia do encontro é definir uma agenda compartilhada entre municípios, governo e União.
Nós queremos no final dessa marcha atualizar esse protocolo de cooperação entre os municípios e o Governo Federal. Por que no fundo são grandes questões como Reforma Tributária, nós estamos preocupados em fortalecer a capacidade gerencial dos pequenos municípios.
Os prefeitos que participam da marcha devem ir ao Congresso Nacional para discutirem com deputados e senadores dos seus estados, formas de terem suas reivindicações atendidas.
