Em alta pelo terceiro dia seguido, a moeda norte-americana voltou a fechar acima de R$ 3,30 pela primeira vez em uma semana. O dólar comercial encerrou esta terça-feira (5) vendido a R$ 3,301, com alta de R$ 0,036 (1,11%).
A cotação operou em alta durante todo o dia numa sessão marcada pelas intervenções do Banco Central (BC) no mercado de câmbio e pelas turbulências no mercado externo. A divisa registra alta de 2,7% em julho, mas acumula queda de 16,4% em 2016.
Na sessão de hoje, o BC vendeu US$ 500 milhões em contratos de swap cambial reverso, que equivalem à compra de dólares no mercado futuro. Desde o dia 1º, a autoridade monetária faz esse tipo de operação para conter a queda da moeda norte-americana, que chegou a fechar em R$ 3,21 na última quinta-feira (30).
O dia foi de pessimismo no mercado de ações. O índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, caiu 1,38%, fechando aos 51.842 pontos. As ações da Petrobras, as mais negociadas, tiveram forte queda por causa do recuo dos preços do petróleo no mercado internacional.
Os papéis ordinários da petroleira, com direito a voto em assembleia de acionistas, caíram 5,66%, para R$ 11,34. Os papéis preferenciais, com preferência na distribuição de dividendos, despencaram 5,88%, para R$ 9,29.
O cenário externo contribuiu para a alta do dólar e a queda da bolsa. Em todo o mundo, as bolsas de valores caíram em meio a preocupações com a saída do Reino Unido da União Europeia e com o desempenho da economia chinesa. A desaceleração da economia chinesa afeta países exportadores de bens primários como o Brasil porque reduz a demanda global por commodities (bens agrícolas e minerais com cotação internacional).