quarta, 13 de novembro de 2024
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Com dificuldades e descaso oficial, AFADA cuida de 90 animais

A “família” Nascimento vive crescendo. Afinal, é assim que Simone Aparecida Nascimento, vice-presidente da Associação Fernandopolense de Amigos em Defesa dos Animais (AFADA), vê os cães e gatos que acolhe:…

A “família” Nascimento vive crescendo. Afinal, é assim que Simone Aparecida Nascimento, vice-presidente da Associação Fernandopolense de Amigos em Defesa dos Animais (AFADA), vê os cães e gatos que acolhe: como membros da família.
A entidade, uma ONG concebida e criada por Simone, tem por objetivo recolher animais necessitados, vítimas de doenças, maus-tratos ou acidentes. A sede da organização é a antiga “Chácara do Gregório”, no Jardim Uirapuru, uma área de cerca de 3 mil m2, cujo aluguel mensal chega a R$ 1 mil.
Lá, estão mais de 70 cães e 20 gatos – Simone conhece todos pelo nome. “Ludmila”, por exemplo, uma cadela vira-lata de cor branca, não deixou sua benfeitora em paz durante toda a entrevista. Pura demonstração de ciúmes.
A entidade é presidida pela mãe de Simone, dona Berenice Machado Nascimento. O pai, Ovanides, é o responsável pela burocracia e pelo jornal da AFADA.
FISCAIS
Recentemente, Ovanides teve um grande dissabor: em meados de agosto, fiscais da prefeitura estiveram na chácara acompanhados da polícia e tentaram interditar a ONG. A alegação: falta de inscrição municipal. “Não fomos notificados nem multados; eles simplesmente chegaram à chácara e quiseram interditá-la”, lamenta o comerciante.
No mesmo dia, Ovanides tratou de recolher as taxas e promover os trâmites burocráticos exigidos. Segundo ele, uma funcionária da prefeitura prometeu que em 20 dias a papelada estaria pronta. Passados 90 dias, porém, nada dos documentos.
GATO ATROPELADO
Esses aborrecimentos não arrefecem o ânimo de Simone, que continua seu árduo trabalho de alimentar, fazer faxina, tratar e dar banho nos bichinhos, pelos sete dias da semana, sem folga. “Passo o Natal aqui, cuidando deles. Sempre quis ter uma ONG, e com os bichos eu me sinto bem”, afirma ela.
Ontem, Simone teve que recolher mis um animal: um gato atropelado. “A situação financeira não nos permite que recolhamos mais animais. Porém, me ligaram para falar desse gatinho, não pude me omitir”, justifica-se.
A falta de ajuda oficial incomoda, mas Simone não para: diariamente, ela pilota seu carro pelas ruas da cidade, em busca dos donativos que a ONG recebe, especialmente rações animais. Ela vai à chácara três vezes por dia.
Quem quiser ajudar a AFADA (com doações em dinheiro ou rações, medicamentos, material de limpeza, cobertores ou outros produtos, além de trabalho voluntário) pode ligar para os telefones (17) 9172-0108, 8160-3768 ou 9736-8254.

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