Apesar de formalmente o Ministério da Saúde encerrar hoje a campanha de vacinação contra a gripe, pelo menos dois estados – Roraima e São Paulo – prorrogaram a imunização.
A prorrogação ocorreu porque Roraima e São Paulo, assim como a maioria dos estados, não atingiram a meta de imunizar 80% das pessoas incluídas nos grupos prioritários.
O Distrito Federal (DF) ultrapassou a meta: vacinou 89% do público-alvo. O DF, como ainda tem vacinas no estoque, vai continuar imunizando quem está no grupo prioritário e ainda não foi imunizado.
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo decidiu orientar os municípios paulistas a prorrogarem a campanha até a próxima sexta-feira (12). O mais recente balanço da pasta, de quarta-feira (3), indica que os municípios paulistas imunizaram 7.593.485 pessoas, enquanto a meta era chegar a 11,8 milhões de pessoas vacinadas.
A secretaria se diz preocupada com o grupo das gestantes: apenas 258.610 gestantes foram imunizadas, quando a meta é chegar a 458.274. De acordo com o órgão, a vacinação das grávidas também imuniza o bebê até os seis meses de vida.
Em Roraima a campanha vai até 19 de junho. Os dados da Secretaria de Saúde do estado mostram que, das 146.408 pessoas incluídas no público-alvo, 84.898 foram imunizadas, o que equivale a 57, 99% de vacinação.
No Distrito Federal o grupo prioritário chega a 608.882 pessoas, das quais 523.452 foram imunizadas. No entanto, dentro dos grupos prioritários a meta ainda não foi atingida entre as crianças de seis meses a cinco anos incompletos, as gestantes e as mulheres com até 45 dias pós-parto. Estes grupos alcançaram, respectivamente, 67,8%, 72,1% e 73,1. De acordo com a Secretaria de Saúde, as vacinas ficarão disponíveis nos postos até que todas as metas sejam atingidas.
Balanço nacional do Ministério da Saúde indica que, até terça-feira (2), 34 milhões de pessoas foram vacinadas, o que corresponde a 68,5% do público-alvo. A meta é vacinar, pelo menos, 80% do público prioritário, formado por 49,7 milhões de pessoas, consideradas com risco de desenvolver complicações causadas pela doença.
Os grupos prioritários para a imunização são mulheres até 45 dias depois do parto, idosos, trabalhadores da saúde, crianças de seis meses a cinco anos incompletos, gestantes, indígenas, presos, trabalhadores do sistema prisional e pessoas com doenças crônicas. Até o momento, o único grupo que já atingiu a meta é o das mulheres que tiveram filho recentemente, com 88% de cobertura.
Segundo o balanço, quatro estados atingiram a meta: Amapá (86,8%), Paraná (81,5%), Espírito Santo (80,68%) e Santa Catarina (80,65%). Entre as regiões do país, a maior cobertura de vacinação foi no Sul, com 4,7 milhões de doses administradas, o que representa 79,6% do público-alvo.
O Ministério da Saúde informa que a vacina contra influenza é segura e eficaz na prevenção de complicações e casos graves de gripe. Segundo a pasta, estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% e 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.
Apenas pessoas que tenham alergia severa a ovo, que tenham doença neurológica ativa e que já tiveram alguma reação alérgica anteriormente ao tomar a vacina, não poderão ser imunizadas.