Com a chegada do verão e da temporada de chuvas no país, o Instituto Butantan fez um alerta para o reforço dos cuidados contra o mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti. As informações são do portal SBT News.
Segundo a entidade, enquanto a vacina contra a doença ainda está sob desenvolvimento, a forma mais eficaz de evitar o mosquito continua sendo a eliminação dos reservatórios de água parada, que servem de criadouro para as larvas.
O alerta vem em meio ao aumento significativo dos casos de dengue no último ano (162%), sendo que 1.473 ocorrências foram registradas como graves e 18.145, com sinais de alarme. Além disso, o Brasil ultrapassou o marco de mil mortes pela doença, maior número desde 2015. No geral, os estados de São Paulo, Goiás e Paraná lideraram o ranking, com 282, 162 e 109 óbitos, respectivamente.
“Em 2022, o auge da curva epidêmica dos casos prováveis ocorreu entre a 8ª e a 24ª semana epidemiológica, ou seja, entre o final de fevereiro e meados de junho. Esse comportamento é parecido com o que aconteceu em 2019 e diferente do registrado em 2020. Já durante a pandemia, a maior incidência se deu entre a 1ª e a 20ª semana epidemiológica – ou seja, entre janeiro e maio”, explicou o Butantan.
Cuidados redobrados no período mais quente
Durante o verão, o Ministério da Saúde recomenda que as pessoas mantenham os reservatórios e qualquer local que possa acumular água totalmente cobertos com telas, capas ou tampas. Também é indicado usar medidas de proteção individual para evitar picadas de mosquitos nas regiões onde a doença é endêmica, principalmente ao longo do dia. A proteção pode ser feita com o uso de roupas compridas e repelentes.
A dengue é uma doença febril e a arbovirose urbana mais prevalente nas Américas, principalmente no Brasil. Ela é causada pelo vírus dengue (DENV), que possui quatro sorotipos diferentes (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4), e é transmitida pela picada da fêmea do Aedes aegypti. Os principais sintomas são febre acima de 38°C, dor no corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo.