A supervisora das bibliotecas UNIFEV, Rosângela Constâncio Borges, e as colaboradoras Marcia Faria Cavalcante, Marta Tertuliano e Valéria Pequeno dos Santos, participaram, recentemente, da oficina A leitura inclusiva e o livro digital acessível DAISY, promovida pela Fundação Dorina Nowill para Cegos, com o apoio do Centro de Reabilitação Visual de São José do Rio Preto e o patrocínio do Programa de Ação Cultural (PROAC) da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo.
O evento teve o objetivo de discutir a leitura inclusiva no mundo digital e as novas tecnologias que possibilitam às pessoas com deficiência visual maior acesso aos livros, à informação e à cultura.
De acordo Rosângela, o DAISY (Digital Accessible Information System) é uma solução em CD que permite à pessoa cega ou com visão subnormal realizar estudos e pesquisas de forma rápida e estruturada. O leitor torna o conteúdo do texto visível em vários níveis de ampliação e, simultaneamente, audível em voz sintetizada.
O sistema foi adotado pelo Ministério da Educação (MEC) como um dos formatos de livros do Plano Nacional do Livro Didático, por ser o que há de mais moderno em acessibilidade de leitura.
A UNIFEV já possui o Sistema Dosvox, que é um software baseado no uso intensivo de síntese de voz, desenvolvido pelo Instituto Tércio Paciti – antigo Núcleo de Computação Eletrônica (NCE) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Sua finalidade é facilitar o acesso de deficientes visuais a microcomputadores.
Nos quesitos acessibilidade e inclusão, as bibliotecas da Instituição estão preparadas para receber pessoas com deficiência física e com dificuldade de locomoção. Para as que são portadoras de deficiência auditiva, ainda é disponibilizado o atendimento em Libras (Linguagem Brasileira de Sinais). A responsável, que também é portadora de baixa audição, é a colaboradora Marta.
A colaboradora Valéria, que possui a Síndrome de Usher (doença genética que causa surdez e cegueira periférica) relatou que a capacitação foi excelente e que o DAYSE realmente acolhe o deficiente visual. “A doença limita parcialmente a minha visão, razão pela qual vivo bem no mundo dos que enxergam sem grandes dificuldades. Por isso, participar de projetos que permitem envolver um maior número de pessoas, não apenas no intuito de incluir, mas de tornar o ambiente e o atendimento natural, motiva-me tanto. Nosso objetivo é que toda a comunidade se sinta realmente em casa quando estiverem nas bibliotecas da UNIFEV”, afirmou.
Segundo a supervisora, em breve, o atendimento será ampliado para pessoas com espectro autista, o que torna o Centro Universitário de Votuporanga ainda mais próximo da comunidade.