O Comitê Olímpico do Brasil (COB) espera levar cerca de 250 atletas para os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, no Japão.
O número representa pouco mais da metade dos 465 competidores que representaram o País nos Jogos do Rio, há dois anos, mas próximo da média das duas competições anteriores, em Londres-2012 e Pequim-2008. E em uma tentativa de evitar repetir a repercussão negativa da última Olimpíada, quando projetou um número de medalhas e uma posição no ranking final que não alcançou, a entidade não revelou a sua meta de pódios.
O planejamento foi anunciado na manhã desta segunda-feira, véspera da data que marca os dois anos para a cerimônia de abertura da Olimpíada de Tóquio. “Estimamos que nosso número nos Jogos de Tóquio seja em torno de 250 atletas, próximo à média anterior ao Rio”, afirmou Jorge Bichara, diretor-executivo de Esportes do comitê. Ele lembrou que na Olimpíada do Rio de Janeiro o número de competidores do País foi muito maior porque o Brasil tinha vaga assegurada em praticamente todas as modalidades. Em 2012, o Time Brasil contou com 257 atletas em Londres. Quatro anos antes, 277 estiveram nos Jogos de Pequim.
A previsão de medalhas para os próximos Jogos não foi anunciada. Em 2016, o Brasil subiu ao pódio em 12 esportes diferentes, conquistando 19 medalhas, sendo sete de ouro. Mas a meta ficou longe da estipulada pelo próprio COB dois anos antes: o comitê previa que o País conquistasse 27 medalhas e terminasse entre os 10 melhores no quadro de soma de medalhas – acabou em 13.º.
Agora, a estimativa ficará para a véspera da Olimpíada – e isso se for tornada pública de fato. “A questão da meta a gente vai divulgar apenas no final do ano de 2019, após a final de todas as competições mundiais”, disse Jorge Bichara, sem antecipar se o COB espera um desempenho melhor do que o último. “É um desafio enorme, que somente um país conseguiu na história olímpica. Foi a Grã-Bretanha”, salientou. Em 2012, os ingleses conquistaram 65 medalhas na Olimpíada sediada em Londres. Nos Jogos do Rio, chegaram a 67 e desbancaram a China no segundo posto.
Apesar disso, o executivo de Esportes do comitê apontou para onde se espera ao menos alguma medalha. “Não tem como negar, o judô carrega nosso melhor resultado em termos de quantidade, tem também o voleibol”, ressaltou Jorge Bichara. “Mas o peso do carro-chefe é relativo. Não existe medalha certa. Estamos numa fase de trabalho bem duro, para nos consolidar no cenário internacional”.
O desempenho nos Jogos Olímpicos da Juventude, que serão disputados em outubro deste ano na cidade de Buenos Aires, na Argentina, e nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, no ano que vem, também ajudarão para balizar o trabalho.