Um advogado de Santos, litoral de São Paulo, se viu em uma situação constrangedora após ser identificado como “cliente trouxa” em um recibo de uma ótica. Erasmo Fonseca, de 47 anos, contou que foi até a Belliótica para trocar os óculos do filho, de 14 anos, em setembro. Porém, o problema se agravou quando a armação quebrou dias depois, e ele retornou ao estabelecimento para solicitar o reparo.
Ao buscar uma solução, Erasmo foi informado de que a quebra da armação seria resultado de “mau uso”, já que o item tinha mais de dois anos e estava fora da garantia. Mesmo especialista em direito do consumidor, ele se viu sem alternativa e aceitou uma armação nova, oferecida pela gerente, de material mais frágil.
Durante o processo de emissão do recibo, Erasmo notou uma surpresa desagradável. No documento, havia a identificação de “cliente trouxa”. “Quando eu li embaixo ‘cliente trouxa’, falei: ‘ah, espera aí, você está de brincadeira’”, relatou. A humilhação sentida o levou a considerar medidas legais contra a ótica para reparar os danos.
O advogado afirmou que, apesar de não registrar um boletim de ocorrência, processará o estabelecimento. A Belliótica, ao Metrópoles, justificou o caso com um erro de digitação: “A data ’03/10/2024′ após a palavra deixa claro que seria ‘trouxe’ e ocorreu um erro de digitação e não uma adjetivação ao cliente”.