O repórter e apresentador Clayton Conservani foi desligado da Globo, depois de 27 anos de trabalho na emissora. A demissão ocorreu nesta quinta-feira, 31.
De acordo com Conservani, não é uma despedida definitiva. A partir do ano que vem, a ideia do jornalista é produzir trabalhos pontuais para a emissora, num formato diferente de contrato.
Ele, de fato, já tem negociações em andamento com a Play9, empresa que pertence a Felipe Neto e João Pedro Paes Leme, antigo executivo da Globo.
Em uma publicação no Instagram, Conservani ressaltou as quase três décadas à frente da emissora. “Durante os 27 anos no Grupo Globo, conheci todos os continentes”, escreveu.
Ainda segundo o jornalista, “cruzei desertos em ultramaratonas, mergulhei em cavernas, escalei algumas das maiores montanhas do mundo, sobrevivi a um terremoto no Nepal, arrisquei-me num bocado para fazer o que amo”.
“É uma nova fase, em que posso dizer sim para novas oportunidades, realizar sonhos e ter liberdade para escolher”, disse Conservani.
Carreira de Conservani
Conservani começou sua carreira na TV Lagos, afiliada da Rede Globo. Em 1996, tornou-se repórter do Esporte Espetacular, em que ficaria conhecido por suas aventuras, por cobrir e praticar esportes radicais.
Em 2005, o jornalista escalou o Monte Everest para o programa. Apenas dois anos depois, enfrentou também a montanha mais fria do mundo, no Alasca, ao lado de seis pessoas.
Essas reportagens ganharam tanto destaque que se transformaram num quadro, o Esporte Extremo. Pela mesma razão, com o nome de Planeta Extremo e com colaboração de Carol Barcellos, o conteúdo passou a integrar a grade do programa Fantástico.
Com o sucesso, ganhou duas estatuetas no The New York Festivals e foi finalista do Emmy Internacional de 2012, na categoria “programa sem roteiro”, pela maratona na Antártica. Posteriormente, o quadro foi convertido em um programa à parte, indo ao ar no domingo à noite.
Depois do encerramento do programa, Clayton voltou a ser repórter do Esporte Espetacular.