sábado, 21 de setembro de 2024
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Cinco generais cubanos morrem misteriosamente em 9 dias

Cinco generais cubanos morreram “misteriosamente” em apenas nove dias. O regime comunista não revelou a causa das mortes, mas críticos do regime comunista sugerem que a sequência de mortes de…

Cinco generais cubanos morreram “misteriosamente” em apenas nove dias. O regime comunista não revelou a causa das mortes, mas críticos do regime comunista sugerem que a sequência de mortes de alto perfil pode estar ligada a uma disparada no número de casos de Covid-19 na ilha caribenha, enquanto o país luta para conter o maior surto desde o início da pandemia, contou o site “MSN News” e a crescente insatisfação popular.

Um dos generais mortos, Rubén Martínez Puente, aos 79 anos, chegou a ser indiciado em Miami (Flórida, EUA) em 2003 pelo abate de dois aviões privados americanos sobre águas internacionais. Os incidente ocoreram em 1996. Quatro membros da organização exilada cubana Irmãos ao Resgate foram mortos. Na época, Martinez Puente era o chefe da Força Aérea Militar cubana. Ele nunca foi formalmente julgado nos EUA.

Martínez Puente, que já está na reserva, morreu no sábado (24/7), segundo nota do Ministério das Forças Armadas Revolucionárias de Cuba, que não informa a causa da morte.

Quatro outros generais também morreram em um período de nove dias, mas a mídia oficial cubana não publicou nenhum detalhe sobre o que causou os óbitos. As mortes aconteceram poucos dias depois dos protestos pró-democracia em toda a ilha contra o governo, que sofre um pesado embargo comercial dos EUA.

Agustín Peña Pórrez, chefe do Exército Oriental, que abrange divisões em seis províncias, morreu em 17 de julho. Membro do Comitê Central do Partido Comunista, ele era o mais jovem dos cinco e estava prestes a completar 58 anos esta semana. O “Granma”, jornal oficial do Partido Comunista Cubano, publicou fotos do seu funeral e o líder cubano Miguel Díaz-Canel, que assumiu recentemente a preidência, tuitou condolências, chamando sua morte de “triste notícia”.

O general reformado Marcelo Verdecia morreu em 20 de julho, em Santa Clara, segundo jornal local. Ele foi um ex-guarda-costas de Fidel Castro durante a luta de guerrilha de Sierra Maestra nos primeiros dias da revolução.

Em seguida, a televisão estatal noticiou a morte do general Manuel Eduardo Lastres Pacheco, que estava na reserva, na última segunda-feira (26/7). E na manhã de terça-feira (27/7), a conta do Twitter da Universidade Central de Las Villas relatou a morte do general da reserva Armando Choy Rodríguez, de 87 anos. Segundo a publicação, ele teria morrido na noite de segunda-feira.

A falta de informações oficiais gerou especulações na ilha e na comunidade exilada, especialmente na Flórida, de que as mortes podem estar relacionadas à pandemia de Covid-19 que atualmente assola a ilha. O regime comunista não expõe claramente os números da pandemia no país.

“Oficiais militares de alto escalão em #Cuba têm tido um azar incrível ultimamente”, tuitou o senador da Flórida Marco Rubio na segunda-feira. “Quatro deles morreram repentinamente nos últimos oito dias”, acrescentou. Ele continuou com outro tweet na terça-feira, após relatos da morte de Choy Rodríguez.

A candidata cubana a vacina contra a Covid-19, batizada de Soberana 2, alcançou uma eficácia de 91,2% com a aplicação das três doses previstas, informou o diretor do Instituto Finlay de Vacinas, Vicente Vérez, à TV de Cuba, no início deste mês. Estima-se que o país já tenha registrado mais de 340 mil casos da doença, com cerca de ao menos 2.500 mortes.

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