sexta, 22 de novembro de 2024
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Cinco brasileiros podem participar da eleição do novo papa

O governo brasileiro ainda não se pronunciou sobre a renúncia de Bento XVI. Entre lideranças católicas, a decisão foi recebida com surpresa pela cúpula da Igreja Católica, no Brasil. Cinco…

O governo brasileiro ainda não se pronunciou sobre a renúncia de Bento XVI. Entre lideranças católicas, a decisão foi recebida com surpresa pela cúpula da Igreja Católica, no Brasil. Cinco brasileiros podem participar da eleição do novo papa.

“Assim como tomou de surpresa a todo mundo, a igreja de forma particular”, afirmou Dom Claudio Hummes, cardeal arcebispo emérito de São Paulo.

“Um mês atrás estive com ele, achei ele muito bem e jamais imaginaria que ele renunciasse um mês depois”, disse Dom Murilo Krieger, arcebispo primaz de Salvador.

Mas para o secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), já havia especulações da possibilidade de renúncia.

“Havia algum indício de que o santo padre estava pensando em renúncia, mesmo porque amanhã fará uma peregrinação ao túmulo de São Celestino V, que foi um papa que renunciou em 1235”, disse Dom Leonardo Steiner – secretário geral da CNBB.

O processo de votação para a escolha do novo papa, chamado de conclave, é feito a portas fechadas. Apenas os cardeais com menos de 80 anos têm direito a voto.

Ao todo, 117 cardeais podem votar, cinco deles brasileiros: o cardeal arcebispo emérito de São Paulo, Dom Claudio Hummes; o arcebispo emérito de Salvador Dom Geraldo Majella; o arcebispo de São Paulo, Odilo Scherer; o arcebispo emérito de Brasília João Braz de Aviz; e o presidente da CNBB, Dom Raymundo Damasceno.

“Não é importante a origem do futuro papa, sua nacionalidade, sua cor. O importante é que nós vejamos realmente naquele que for eleito o sucessor de Pedro, aquele que tem a missão de confirmar os seus irmãos na fé. Aquele queé o sinal visível da unidade da igreja, que preside a igreja na caridade, no serviço da caridade”, afirmou Dom Raymundo, presidente da CNBB.

A eleição é feita na Capela Sistina. Será eleito o cardeal que obtiver pelo menos dois terços dos votos. Se não conseguir esse resultado, serão realizadas duas votações pela manhã e duas à noite.

As cédulas de voto são queimadas. A cada votação, os fiéis ficam sabendo do resultado pela cor da fumaça que sai da chaminé da Capela Sistina. A fumaça escura quer dizer que o papa ainda não foi escolhido. E quando sai a fumaça clara, a Igreja Católia tem o novo papa.

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