Cientistas do Centro de Planetas Pequenos da União Astronômica Internacional anunciaram, nessa terça-feira (2), a descoberta de novas evidências do suposto nono planeta do Sistema Solar, apelidado de “Planeta X”.
Localizado muito depois de Plutão (que não é considerado um planeta desde 2006, quando foi reclassificado como planeta-anão), o “Planeta X” (ou “Planeta 9”) deve ter novas informações em breve, possibilitadas pelas descobertas da órbita do planeta-anão, que tem cerca de 300 km de diâmetro e foi chamado de “2015 TG387” ou o “Duende”.
A pesquisa foi realizada durante os últimos três anos, com a ajuda do telescópio japonês Subaru, localizado no Havaí, nos Estados Unidos, pelo Instituto Carnegie para a Ciência, da Universidade do Norte do Arizona e da Universidade do Havaí.
O estudo mostra que a órbita do novo objeto sustenta a ideia da existência de um planeta ainda mais distante e maior, uma “superterra”. Isto porque “O Duende” está 2,3 mil vezes mais distante do Sol do que a Terra e, por isso, leva mais de 40 mil anos para dar uma volta ao redor do nosso astro. Segundo os cientistas, a lentidão pode ser explicada pela “proximidade” de outro corpo muito maior que ele.
Como explica a BBC, o planeta-anão recém-descoberto é um dos poucos objetos conhecidos que nunca chegam perto o suficiente dos planetas gigantes do Sistema Solar, como Netuno e Júpiter, com os quais teria interações gravitacionais.
A longa órbita do “Doende” pode ser influenciada pela gravidade de um outro objeto, que pode ser 10 vezes maior que a Terra. Este objeto seria o “Planeta X”.
Os cientistas descobriram “O Duende” enquanto estavam em busca desse planeta.
De acordo com o Instituto Carnegie, a pesquisa que é “a maior e mais profunda já realizada em objetos distantes do Sistema Solar”. “Esses objetos distantes (como o Duende) são como as migalhas de pão que nos levam ao Planeta X”, explicou o chefe do estudo, Scott Sheppard, em comunicado.
“Quanto mais pudermos encontrar, melhor poderemos entender o Sistema Solar externo e o possível planeta que acreditamos estar moldando suas órbitas”, completa Sheppard. Segundo ele, “essas descobertas redefiniriam nosso conhecimento da evolução do Sistema Solar”.