Cientistas da Universidade Tecnológica de Nanyang (NTU), de Cingapura, anunciaram hoje (6) ter descoberto uma nova forma de tratar a demência, que consiste no envio de impulsos elétricos a áreas do cérebro para aumentar o crescimento de novas células.
O tratamento, conhecido como estímulo cerebral profundo, é um procedimento terapêutico já utilizado em algumas partes do mundo para várias situações neurológicas, como tremores ou distonia.
Os cientistas da NTU dizem ter descoberto que esse estímulo pode também ser usado para aumentar o crescimento de células cerebrais, reduzindo os efeitos nocivos das condições relacionadas com a demência e melhorando a memória a curto e a longo prazo.
A investigação mostra que as novas células, ou neurônios podem ser formadas por meio do estímulo da parte frontal do cérebro, que está envolvida na retenção da memória, com o recurso a impulsos elétricos.
“O aumento de células cerebrais reduz a ansiedade e a depressão e promove a aprendizagem, impulsionando, em termos globais, a formação e retenção de memória”, informou a universidade em comunicado citado pela agência de notícias Xinhua.
Segundo a NTU, os impulsos foram testados em ratos e os resultados da investigação abrem novas oportunidades para o desenvolvimento de soluções inovadoras para o tratamento de pacientes que sofrem de perda de memória por condições relacionadas à demência, como as doenças de Alzheimer e de Parkinson.