Pelo programa Ciência sem Fronteiras, 18 mil jovens brasileiros já receberam uma bolsa para estudar nas melhores universidades do mundo. Hoje, o governo vai divulgar os nomes de mais 3 mil estudantes selecionados para participar do programa. Para a presidenta Dilma Rousseff, o governo está avançando no desafio de levar 101 mil jovens para o exterior até 2014. Na volta para o Brasil, esses jovens vão ajudar a melhorar as universidades e a criar novas tecnologias para agregar valor e dar mais competitividade às empresas, aos produtos e aos serviços no Brasil.
Transcrição
Apresentador: Olá, bom dia! Eu sou o Luciano Seixas e começa agora mais um Café com a Presidenta Dilma. Bom dia, presidenta!
Presidenta: Bom dia, Luciano! E bom dia para você que nos acompanha aqui no Café!
Apresentador: Presidenta, hoje, eu queria conversar com a senhora sobre o programa Ciência sem Fronteiras, que está levando milhares de jovens brasileiros para estudar no exterior. Como está o programa?
Presidenta: Olha, Luciano, esse programa, o Ciência sem Fronteiras, é um sucesso. Veja você, que até agora, novembro, 18 mil jovens brasileiros já receberam uma bolsa para estudar nas melhores universidades do mundo, Luciano. Eles vão aprender o que há de mais avançado em ciência e tecnologia no planeta. E, quando voltarem ao Brasil, vão ajudar a melhorar as nossas universidades e a criar novas tecnologias para agregar valor e dar mais competitividade às nossas empresas, aos nossos produtos e aos nossos serviços.
Apresentador: E, presidenta, nós vamos ter novidades no Ciência sem Fronteiras nesta semana?
Presidenta: Vamos, sim. Amanhã, o Ciência sem Fronteiras vai abrir as inscrições para mais 18 mil vagas para os cursos que começam em setembro do ano que vem, em vários países. O governo federal ajuda o estudante a conseguir a vaga na universidade lá no exterior e concede uma bolsa que garante o pagamento do curso, as despesas com a viagem, a alimentação e a hospedagem do aluno. Agora, Luciano, tem outra novidade: ainda hoje, o Ciência sem Fronteiras vai divulgar os nomes de mais de 3 mil alunos, que foram aprovados na última chamada e que vão estudar, no ano que vem, em universidades de sete países. Isso mostra que estamos avançando no nosso imenso desafio de levar 101 mil estudantes para o exterior até 2014.
Apresentador: Como o estudante pode participar do Ciência sem Fronteiras, presidenta?
Presidenta: Olha, a seleção para o Ciência sem Fronteiras depende exclusivamente do mérito de cada estudante, que precisa ter um bom desempenho na universidade em que está matriculado aqui no Brasil e ter feito, pelo menos, 600 pontos no Enem. Esse estudante, Luciano, tem de ser das áreas de Ciências Exatas, Biomédicas, Tecnológicas ou da área de Energia. São cursos, por exemplo, como o de Engenharia, o de Química, o de Física, Computação, Tecnologia da Informação, Medicina, Biotecnologia, Desenho Industrial e vários outros. O candidato a uma bolsa do Ciência sem Fronteiras precisa também ter conhecimento do idioma do país para onde vai. Mas, infelizmente, Luciano, há jovens talentosos que não têm o domínio de uma língua estrangeira, então, para eles, antes do início das aulas na universidade no exterior, nós oferecemos um curso intensivo, de seis a oito meses, da língua do país em que ele vai estudar. Com isso, Luciano, veja bem, valorizamos o mérito e damos oportunidades para que os estudantes de famílias mais pobres, que não tiveram a chance de aprender uma segunda língua, participem do Ciência sem Fronteiras em igualdade de condições.
Apresentador: E como está sendo a experiência dos bolsistas do Ciência sem Fronteiras, presidenta?
Presidenta: Olha, Luciano, os nossos jovens estão tendo uma ótima experiência nas universidades e nas empresas pelo mundo afora. Eu vou te contar o exemplo da Ludmila Pontremolez, que é bolsista em uma universidade em Washington, nos Estados Unidos. Aqui no Brasil, a Ludmila estuda engenharia da computação no nosso Instituto Tecnológico da Aeronáutica, o ITA, que fica no interior de São Paulo e é uma das melhores escolas de engenharia do país. Com o Ciência sem Fronteiras, Luciano, a Ludmila conseguiu um estágio em engenharia de software na NASA, a Agência Espacial Americana. Nesse estágio, Luciano, o trabalho da Ludmila era desenvolver aplicativos para ajudar os cientistas a analisar os dados enviados pelo telescópio Hubble lá do espaço. Ela conta que foi uma experiência riquíssima, principalmente pelo convívio com cientistas altamente qualificados do mundo todo. A Ludmila, Luciano, também está muito impressionada com o empreendedorismo das universidades americanas. E, na volta, quer ajudar na criação de empresas de tecnologia aqui no Brasil.
Apresentador: O Ciência sem Fronteiras está mesmo abrindo novos horizontes para os jovens brasileiros, não é, presidenta?
Presidenta: Sem dúvida, Luciano. Por isso, eu quero dizer para os nossos jovens que estudem e se dediquem bastante, porque o Ciência sem Fronteiras é uma grande oportunidade para impulsionar a carreira de cada um de vocês, que são tão talentosos e nos enchem de orgulho. E mais importante do que tudo, vocês estão construindo o Brasil do futuro. Eu sempre digo, sabe, Luciano, que o Brasil tem que enfrentar simultaneamente dois grandes desafios: o desafio de combater a miséria e elevar o nosso país à condição de classe média; e o desafio de sermos capazes de criar tecnologia avançada e inovar, elevando o nosso país para os mais desenvolvidos do mundo. Tenho certeza de que esses jovens vão ajudar o Brasil a dar um salto em ciência, tecnologia e inovação, e a transformar o nosso país em uma potência também na economia do conhecimento.
Apresentador: Presidenta, infelizmente, o nosso tempo hoje chegou ao fim. Obrigado por mais esse Café.
Presidenta: Olha, Luciano, antes de terminar, eu quero lembrar que as inscrições para as bolsas do ano que vem podem ser feitas a partir de amanhã no site: www.cienciasemfronteiras.gov.br. Boa sorte a todos e uma boa semana para você, Luciano!
Apresentador: Obrigado. Você que nos ouve pode acessar este programa na internet, o endereço é www.cafe.ebc.com.br. Nós voltamos na próxima segunda-feira. Até lá!