A parceria entre a Fundação Educacional de Fernandópolis e da Unicastelo poderá provocar a maior demanda imobiliária da história da cidade. A chegada de pelo menos 1.000 estudantes universitários, em janeiro do ano que vem, pode ser prejudicada pela falta de imóveis de aluguel. As duas instituições reuniram empresários da cidade, ontem a noite, para apresentar planilhas da previsão de estudantes de outras regiões, que deverão vir para a cidade.
O presidente da Fundação, Luiz Vilar de Siqueira, disse que a falta de apartamentos e kitinetes preocupa, mesmo com todos os investimentos que estão sendo feitos pelas instituições. O diretor da Unicastelo, Amauri Piratininga, também revelou preocupação com o problema, inclusive pelo risco de perda de estudantes para outras universidades. Segundo ele, a escolha das faculdades está diretamente ligada às condições de moradia.
Donos de imobiliárias foram advertidos durante a reunião sobre o excesso de exigências para a assinatura de contratos de locação. Os diretores alertaram que isso também é obstáculo para a vinda de alunos, embora seja uma previsão legal.
Luiz Vilar destacou o bom momento do setor imobiliário que a cidade desfruta, com a presença de milhares de estudantes de todo o país. Amauri Piratininga aproveitou dados de uma perspectiva feita pela Faculdade de Economia da Fundação para demonstrar que a cidade deve ter um grande número de estudantes de cidades distantes da região.
O corretor de imóveis, Sinval Ribeiro, representante regional do Conselho de Representantes Comerciais na região, confirmou que o setor está em efervescência, com a construção de pelo menos 600 vagas de aluguel, em 2006.
Mesmo assim, a previsão das escolas é de faltar outras 400 unidades. Ribeiro acredita que o setor deverá crescer ainda mais com o aumento dos cursos universitários.
O empresário José Sequini Jr. Também acredita na evolução imobiliária como um fator de desenvolvimento, aliando o crescimento das universidades e o crédito dos empresários. Ele destacou que o levantamento feito pela Fundação e Unicastelo revelam boa perspectiva.
Apesar da reunião contar com a presença de um grande número de empresários, inclusive do Grupo Arakaki, a Prefeitura de Fernandópolis não mandou representantes. O fato causou mal-estar entre os presentes e não foi ignorado pelo presidente da Fundação, Luiz Vilar.
