segunda, 25 de novembro de 2024
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Chuvas de 2023 já ultrapassam 300 milímetros na região noroeste

O ano de 2023 começou com um volume de chuvas intenso em toda a região sul e sudeste do país sendo que, só aqui na região noroeste paulista, já choveu…

O ano de 2023 começou com um volume de chuvas intenso em toda a região sul e sudeste do país sendo que, só aqui na região noroeste paulista, já choveu mais de 300 mm em menos de dois meses. Essa quantidade expressiva de água caindo do céu se dá ao fenômeno do El Niño, que ainda deve ter influência até março.

Segundo os institutos de meteorologia, o El Niño é um fenômeno climático natural descrito como o aquecimento anormal das águas do oceano Pacífico na sua porção equatorial. Ele ocorre de tempos em tempos, iniciando-se por volta do mês de dezembro, e causa transformações na circulação atmosférica, interferindo no regime pluviométrico e nas temperaturas em várias regiões do planeta.

Com a modificação do padrão de circulação atmosférica sobre o Pacífico, o El Niño é responsável por alterar a distribuição de umidade e as temperaturas em várias áreas do planeta. No Brasil, ele ocasiona maior volume de chuvas nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. A previsão é de que este fenômeno ocorra até março, de acordo com pesquisadores.

Segundo dados da Casa da Agricultura de Potirendaba, somente nestes 55 dias do ano de 2023 já foram registrados, na cidade, 342 mm de chuvas. Somente em dezembro do ano passado, quando o El Niño teve início, foram 310 mm – totalizando 652 mm em menos de 90 dias.

No entanto, a distribuição irregular das chuvas devido às mudanças climáticas é uma preocupação constante, já que chove-se muito num curto espaço de tempo, deixando longos períodos sem precipitações, o que compromete a disponibilidade hídrica e intensifica a necessidade de se criar dispositivos para armazenamento dessa água.

O engenheiro agrônomo de Potirendaba, João Vitor Quintino, veja esse excesso de chuvas com preocupação, já que a lavoura de amendoim, por exemplo, precisa de um período de estiagem para colheita.

“A colheita do amendoim precisa de duas etapas, sendo a primeira delas o arranquio das plantas e na sequência a colheita com as máquinas. Nesse intervalo de tempo, precisamos de três dias de estiagem total para que o solo não fique encharcado demais”, explica.

O profissional alerta ainda que, chuva em excesso, pode favorecer o aparecimento de doenças no amendoim, como as cercosporioses, denominadas como mancha preta e mancha castanha. Elas são as doenças mais favorecidas por períodos chuvosos, dias nublados, alta umidade e temperatura elevada.

A previsão, segundo os meteorologistas ainda é de mais chuvas para os próximos dias, em toda a nossa região. Para este fim de semana as temperaturas ainda continuam altas, com máximas de 32ºC e mínimas de 21ºC, porém, há previsão de chuva o dia todo, tanto no sábado, quanto no domingo.

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