domingo, 24 de novembro de 2024
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Chuva de meteoros Geminídeas é registrada na região

Meteoros Geminídeas foram registrados em Nhandeara, no interior de São Paulo. O fenômeno é o último do ano e é possível visualizá-lo até sábado (17). Imagens feitas pela da Rede…

Meteoros Geminídeas foram registrados em Nhandeara, no interior de São Paulo. O fenômeno é o último do ano e é possível visualizá-lo até sábado (17).

Imagens feitas pela da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon) na madrugada de quarta-feira (14) foram compartilhadas com o g1 pelo astrônomo Renato Poltronieri.

Os vídeos mostram dois meteoros cruzando o céu da cidade ao mesmo tempo. Em outro horário, um meteoro pôde ser visto a olho nu.

“Este ano ela surgiu bonita, depois de alguns anos sem muitos meteoros. O pico foi no dia 13, mas aqui em Nhandeara o céu estava fechado. Foi possível ver, mas bem pouco. Os registros são do dia 14, mas já são um presente de Natal”, conta Renato.

O astrônomo afirma que ainda é possível ver o fenômeno no céu da região. Basta olhar para o Leste, por volta das 4h. Não é necessário nenhum equipamento especial, como luneta ou telescópio.

Origem rara
As Geminídeas talvez seja o único caso conhecido de ter como origem um asteroide e não um cometa. O asteroide chama-se 3200 Phaethon e tem algumas particularidades interessantes. Ele foi o primeiro asteroide descoberto por um telescópio espacial, o satélite IRAS em 1983, sete anos antes do Hubble ser lançado.

O 3200 Phaethon tem uma característica peculiar, ele é o asteroide conhecido que mais se aproxima do Sol, chegando a uma distância de 21 milhões de km, ou apenas um terço da distância de Mercúrio ao Sol. Quando ele chega a esta distância, estima-se que a temperatura em sua superfície atinja algo como 750º centígrados.

Mas o mais interessante deste asteroide é justamente o fato de estar associado a uma chuva de meteoros, algo totalmente inesperado para essa classe de objetos. O que se imagina, nesse caso, é que o 3200 Phaethon perdeu todo o seu material volátil, ou seja, perdeu todo o seu gelo, restando um núcleo rochoso e seco, portanto é um cometa extinto.

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