A chuva forte de ontem à noite, que permaneceu durante toda a madrugada desta terça-feira, acumulou 135 mml de água no solo, causando grandes prejuízos para a Zona Rural de Fernandópolis. Somente nos três primeiros dias de fevereiro choveram 175 mml, enquanto em todo o mês de janeiro foram 208 mml.
No domingo o solo do município recebeu 40 mml de chuva, o que piorou a situação das áreas rurais, ao receber grande quantidade de água na segunda, dificultando a absorção das estradas. Os dados são do Posto de Sementes da CATI – Coordenadoria de Assistência Técnica Integral.
A chuva se concentrou na zona urbana de Fernandópolis e na região de divisas com os municípios de Pedranópolis e Meridiano, onde choveram 138 mml. Na região do Lajeado, que liga a cidade a São João das Duas Pontes choveu 40 mm. Na região da Euclides da Cunha, que dá acesso à Estrela d’Oeste, na região da Destilaria Alcoeste, a chuva foi de 6 mml.
No Córrego da Aldeia, a ponte que dá acesso a diversas propriedades rurais foi atingida pelo alto nível da água e rodou. O acesso pela vicinal Antônio Faria só é possível nos três primeiros quilômetros.
A estrada rural que dá acesso ao Córrego das Pedras, na região do Frigorífico Cofercarnes, está interrompida porque o solo não absorveu a grande quantidade de água da madrugada. Os caminhões de gado para abate não conseguem ter acesso ao frigorífico e os caminhões leiteiros também não tem acesso às propriedades.
Segundo o diretor de Agricultura, Marcos Mazeti os mais prejudicados são os produtores de leite e hortaliças. “Os caminhões dos laticínios não conseguem chegar aos pontos de leite para abastecer e quem cultiva hortaliças contabiliza os prejuízos da chuva”, comenta.
Na zona urbana, o diretor de Serviços Gerais, Milton Ribeiro, está com a equipe de plantão desde as 22h de ontem. Hoje várias equipes percorrem a cidade para prestar auxílio aos moradores, em especial nos bairros Ipanema, Santista, Paulista, Por do Sol e Bernardo Pessuto. Nas avenidas Afonso Cáfaro e dos Arnaldos foram registrados alagamentos, a maior parte causada por galhos de árvores cortados pela população.
“As bocas das galerias não suportaram a quantidade de água e lixo. Os aterros na região da avenida Expedicionários foram danificados, em especial na região do frigorífico. Estamos verificando todos os bairros da cidade entre hoje e amanhã para contabilizar os estragos e oferecer o serviço de manutenção”, explicou Milton Ribeiro.
O prefeito Luiz Vilar já acionou a Defesa Civil, que está levantando as áreas afetadas pela chuva para emitir relatório sobre a necessidade de decretar estado de calamidade pública.