A Reforma Política deve entrar na pauta de votação desta semana da Câmara dos Deputados. Propostas como o fim do financiamento público de campanha, o fim das coligações para eleições de deputados e vereadores, fidelidade partidária e voto em lista fechada para as eleições da Mesa Diretora estão entre as grandes polêmicas. O presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia, acredita que as discussões precisam ser retomadas, mas admite que a votação sobre o tema, pode demorar. Chinaglia avalia que a votação da Reforma Política implica em mais autonomia para o parlamento.
Eu creio que isso mostra claramente que nós vamos trabalhar para que em algum momento a Reforma Política seja votada, porque senão, nós vamos chegar no próximo ano, às vésperas de uma outra eleição, e vai repetir todo o processo que tem acontecido aqui nos últimos anos. Quando você quer fazer a mudança não dá mais tempo e aí você tem o próprio Tribunal Superior Eleitoral legislando.
Entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil também se posicionaram com relação à Reforma. O presidente Cezar Britto garante que é preciso resgatar a confiança do Câmara e do Senado. Segundo Britto, para isso, uma ampla mudança na estrutura dos partidos políticos se faz necessária. A entidade propõe, por exemplo, a diminuição do mandato dos Senadores para quatro anos, além do fim do cargo de suplente. Discussões à parte, o vice-líder do PT, Maurício Rands acredita que os conflitos de idéias serão resolvidos em plenário.
Vai ter sempre divergências, mas acho que a divergência no processo democrático é submetida ao voto majoritário.
Representantes da OAB se reúnem nesta terça-feira com o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, para apresentarem um documento com novas propostas para a Reforma. O Palácio do Planalto também trabalha com uma lista de sugestões que o Governo vai enviar ao Congresso nos próximos dias.
