Um terceiro candidato ainda ameaça, mas Arlindo Chinaglia, do PT paulista, segue como favorito na disputa à Presidência da Câmara dos Deputados. Depois de conseguir o apoio formal do PMDB, o petista aparece agora como o favorito também dos tucanos. Dessa forma, Chinaglia conta com o apoio das três maiores bancadas da Casa: o PT, PMDB e PSDB. O candidato à reeleição permanece irredutível. Mesmo sem os votos do principal oponente do governo, o PSDB, Aldo Rebelo, do PC do B de São Paulo, acredita que ainda representa a harmonia entre os partidos. Sem definição de um nome, o grupo suprapartidário que defende uma candidatura alternativa ao comando da Câmara, a chamada terceira via, quer envolver a sociedade na discussão das propostas defendidas por cada candidato. De acordo com a deputada Luiza Erundina, do PSB paulista, trata-se de uma questão interna de total interesse dos eleitores.
Essa disputa é uma disputa no âmbito interno da instituição Câmara dos Deputados. Nós estamos decidindo a direção, a presidência do Poder Legislativo, ou seja, da Câmara dos Deputados. Portanto, é uma questão interna, mas de alto interesse da sociedade que vem muito frustrada e muito insatisfeita com o andamento dos problemas, das situações aqui na Câmara dos Deputados. Portanto, essa eleição, ela adquire um peso, uma importância política muito maior do que as demais.
O grupo da terceira via já pediu ao presidente Aldo para que promova um debate entre os candidatos à presidência da Casa com transmissão, ao vivo, pela TV e Rádio Câmara. A ong Transparência Brasil também divulgou nesta semana um conjunto de propostas consideradas prioritárias para o novo presidente da Câmara. Entre os pontos defendidos estão o compromisso de não aumentar os salários dos parlamentares além da inflação e a redução das verbas de gabinete e indenizatórias. A Transparência Brasil sugere ainda que a Câmara publique na internet todos os gastos de cada deputado.
