Em meio à expectativa do resgate de um corpo encontrado nos escombros do avião que transportava o jogador argentino Emiliano Sala, que foi encontrado no fundo do mar do Canal da Mancha no último domingo, o chefe de resgates da Channel Islands, John Fitzgerald, rebateu nesta quarta-feira críticas feitas ao órgão britânico por parar as buscas iniciais após três dias de procura sem sucesso. Dias depois, uma busca privada localizou a aeronave.
Sala viajava de Nantes, na França, a Cardiff, no País de Gales, para fechar a sua transferência ao Cardiff City, quando o avião em que este se encontrava desapareceu dos radares no último dia 21. Buscas foram feitas pelas autoridades britânicas, mas posteriormente foram interrompidas. Uma campanha na internet, então, arrecadou dinheiro para contratar um serviço de buscas privado.
Um barco que fazia parte do serviço de buscas privado contratado pela família e agentes do atleta localizou escombros do avião no último domingo, a aproximadamente 38 quilômetros ao norte da ilha de Guernsey. Um dia depois, a Agência de Investigação de Acidentes Aéreos britânica (AAIB, na sigla em inglês) divulgou um vídeo mostrando claramente a presença de um corpo, ainda sem identificação, no interior do monoposto.
O oficial se defendeu ao falar sobre as condições climáticas do Canal da Mancha nos primeiros dias de buscas. “Tem havido muito comentários nas redes sociais sobre a paralisação das buscas. As condições (climáticas) não eram boas, o mar estava com ondas muito grandes. Estávamos lá para salvar vidas. Paramos quando vimos que a vida de pessoas estava sob risco”, afirmou.
John Fitzgerald disse ainda que a sua tarefa era encontrar Sala e o piloto David Ibbotson com vida e não achar o avião. “Uma aeronave pequena pode flutuar durante dois ou três minutos antes de afundar”, comentou o oficial, explicando que a primeira equipe de buscas chegou ao local do acidente 37 minutos depois que o avião desapareceu do radar.