O chefe do departamento de Tecnologia e Inovação da Fifa, Johannes Holzmüller, falou nesta terça-feira sobre os dois anos de testes realizados para a implementação do Árbitro de Vídeo (VAR, na sigla em inglês) na Copa do Mundo da Rússia.
“De início suamos porque não tínhamos certeza se tudo funcionaria perfeitamente. No entanto, agora que nos aproximamos do Mundial, temos certeza de que iremos ter o melhor sistema possível para o momento”, afirmou em entrevista coletiva realizada em Bruxelas,na Bélgica.
O discurso, no entanto, foi sempre em tom moderado sem afirmar categoricamente que funcionará perfeitamente. Ele, inclusive, admitiu que o sistema desenvolvido pode dar problemas durante a Copa. “É tecnologia. Pode falhar”
A Uefa ainda não adotou o árbitro de vídeo. O novo sistema também tem apresentado falhas recentes. No final de semana, na decisão do Campeonato Australiano, um erro do VAR validou um gol em impedimento que acabou definindo o título.
“As câmeras foram congeladas. O árbitros tentaram avaliar da melhor maneira possível, mas na ocasião não encontraram um ângulo favorável”, afirmou o chefe de tecnologia da Fifa. “Se o árbitro de vídeo não tem o ângulo específico para dizer tenho 100% de certeza, não se pode passar a informação para o árbitro de campo. Aprendemos muito com isso”, prosseguiu.
As falhas do VAR não param por aí. No mês passado, no Campeonato Alemão, o pênalti assinalado a favor do Mainz aconteceu no final do primeiro tempo e foi dado depois que o time adversário já havia descido para o vestiário. No Campeonato Belga, na semana passada, o jogo entre Brugge e Anderlecht começou com mais de 15 minutos de atraso porque o sistema do VAR não estava funcionando.
“Os problemas existem. Mas para a próxima Copa do Mundo, posso dizer que foi bom o VAR ser apresentado. O objetivo não é responder 100% de chamadas para todas as decisões. Mas evitar que grandes erros aconteçam”, finalizou.