Controladoria-Geral da União identifica irregularidades em 53% dos laudos periciais médicos nas concessões de auxílio-doença.
Documentos não apresentavam elementos suficientes para comprovar a incapacidade do cidadão em trabalhar por mais de 15 dias seguidos, conforme a Lei.
Em alguns casos, inclusive, a ocupação do segurado e a data do início do problema médico sequer estavam preenchidas.
Para chegar ao expressivo número, de acordo com informações do jornal O Estado de S.Paulo, a CGU selecionou aleatoriamente mais de 9 mil laudos de um total de 826 mil benefícios pagos.
Segundo a Controladoria, em 822 agências, mais da metade do atendimento nacional da Previdência Social, a checagem da documentação não foi executada conforme as normas.
Além disso, outras 412 agências não dispõem de condições físicas mínimas de trabalho para os peritos, enquanto 636 unidades não possuem equipamentos básicos para este atendimento, como maca, estetoscópio e aparelho de pressão.
No ano passado, o INSS pagou mais de 21 bilhões de reais no benefício.