Nesta semana, cerca de 30% servidores que atuam em todos os serviços jurídicos e administrativos do Forum de Fernandópolis, aderiram a greve da classe, por prazo indeterminado para reivindicar reposições salariais.
Em Fernandópolis, 115 funcionários formam a estrutura judiciária.
A categoria tem 42 mil servidores na ativa e 9.000 aposentados. A meta do Sindicato União dos Servidores do Poder Judiciário do Estado de São Paulo é que a paralisação atinja ao menos 15 mil trabalhadores, ou 35% dos empregados ativos.
A pauta de reivindicação servidores do judiciário exige a reposição de 20,16% das perdas acumuladas nos dois últimos anos, reajuste no valor do vale transporte, vale refeição e melhores condições de trabalho.
A contraproposta feita pelo governo de 4,17% não foi aceita pela maioria da classe.
A última greve por tempo indeterminado ocorreu em 2004 – a mais longa do Judiciário paulista – quando os servidores pararam por 91 dias.
Os efeitos para a população agora deverão ser semelhantes aos daquele ano, no entanto, nas devidas proporções de dias. À época, cerca de 12 milhões de processos ficaram parados, pelo menos 600 mil sentenças não foram assinadas e mais de 400 mil audiências deixaram de ocorrer na data prevista.
Desde o dia 15 de abril os funcionários do Fórum optaram por cumprir apenas as funções designadas pelo Superior Tribunal de Justiça, como o cumprimento de prazos para entrega de certidões e exigência de identificação para todos os advogados e estagiários que frequentam o fórum.
O número de processos aumenta a cada ano e, por isso, há auxiliares fazendo o trabalho de escreventes sem ganho salarial, além de escreventes despachando pelos juízes.
Segundo o sindicato, a greve pode provocar a suspensão de audiências e atrasar processos como alvará de soltura e mandado de prisão.