
Pacientes que ficaram cegos após um mutirão de catarata no AME de Taquaritinga (SP) foram informados por médicos que o quadro pode ser irreversível. As cirurgias aconteceram em outubro de 2024, e parte dos afetados foi encaminhada para hospitais em Araraquara e Ribeirão Preto, onde especialistas confirmaram que não há chance de recuperação para alguns casos.

A Santa Casa de Franca, responsável pelo ambulatório, foi criticada pela falta de assistência. Pacientes relataram demora na distribuição de colírios e tiveram que comprar medicamentos por conta própria. Uma vistoria da Vigilância Sanitária identificou falhas na esterilização dos equipamentos, levando à interdição da sala de materiais e à suspensão das cirurgias.
A Secretaria de Saúde de São Paulo afastou a equipe médica envolvida e classificou o caso como “fato isolado gravíssimo”. A investigação está em andamento, mas as vítimas seguem sem respostas. “Não entendo por que não interromperam as cirurgias ao primeiro sinal de erro”, questionou Maria de Fátima, uma das afetadas.
