Após o sepultamento da adolescente Daniela Adamo, de 17 anos, neste domingo, 13 de janeiro, no início da noite no Cemitério Municipal de Santa Rita d’ Oeste, a família continua sem as respostas do que teria causado a morte e como tudo ocorreu no sábado, 12 de janeiro, quando ela passou mal por três vezes e passou por atendimento médico.
Somente o laudo do Serviço de Verificação de Óbito de São José do Rio Preto poderá apontar as causas da morte da adolescente. A atitude de acionar o processo de investigação foi tomada médico da Santa Casa que a atendeu quando já chegou sem vida segundo o Médico Neurologista, Doutor José Maria Ferreira dos Santos, com o auxílio da Cardiologista, a Doutora Mary Lucila Bocangel Bravo.
De acordo com informações do Doutor José Maria Ferreira dos Santos, para o site Informa Mais de Santa Fé do Sul, a adolescente de 17 anos, deu entrada no atendimento já sem os sinais vitais, contudo todos os processos na tentativa de reanimá-la foram realizados: “Por volta das 22h ela já chegou com as pupilas dilatadas não reagindo à luz, último sinal que o cérebro pede, sintoma que indicaria a morte cerebral”, explicou José Maria.
Doutor José Maria explicou ainda que: “Durante a tentativa de reanimação de Daniela, trabalharam 10 enfermeiros, dois médicos que cumpriram todo o protocolo de reanimação por uma hora e meia em uma paciente que já chegou com parada cardiorrespiratória, e os médicos mesmo assim não abririam mão de tentar reanimá-la, tanto na parte cardíaca quanto na respiratória”, concluiu.
Devido à complexidade do caso o médico Doutor José Maria solicitou o processo de investigação da causa da morte, tendo em vista que não seria possível apontar algo com precisão para a família e não assinou o atestado de óbito. O resultado será conhecido em 30 dias.
ATENDIMENTO NA UPA
Antes de Daniela Adamo ser levada sem vida para a Santa Casa na noite de sábado, ela passou por dois atendimentos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA-24h). De acordo com o diretor clínico da Santa Casa e diretor técnico da UPA, Doutor Daniel Tadeu Cabral Delega, todos os protocolos de atendimento padrão foram aplicados.
Doutor Daniel Tadeu Cabral Delega, afirmou que fez uma análise no prontuário de atendimento que se mostrou coerente: “a paciente foi atendida em dois episódios na UPA e toda a condução da paciente pela enfermagem e orientações médicas foram dentro dos padrões e ela recebeu alta após melhoras dos sintomas que ela se queixou durante a consulta e baseando-se sempre nos exames realizados, orientada de forma veemente para retornar a Unidade caso os mesmos sintomas que ela se referia, voltassem a se manifestar. Os exames laboratoriais não apresentaram alterações clínicas importantes e recebeu altas pelos profissionais médicos”.
Relatando o atendimento na UPA, Daniela procurou a unidade no sábado, 12 de janeiro, às 6h55m com queixas de dor de garganta e vômitos, permanecendo na unidade até às 8h40 onde foi medicada, reavaliada apresentou os sinais vitais normais e em seguida foi liberada com recomendações dos plantonistas de voltar a UPA em caso de agravamento dos sintomas.
No mesmo dia ela voltou à unidade, às 16h35m e já se referia a um quadro de mal estar, porém sem queixas de dores, estava pálida com pressão baixa e sinais de prostração, ficando em observação naquela unidade de emergência até as 20h50m. Na oportunidade ela chegou a ser atendida pela mesma equipe que permanecia de plantão, Doutor Daniel Delega constatou que: “o quadro clínico dela estava dentro dos padrões de alta, o que foi feito sob as recomendações se caso sentisse novas dores retornasse para a UPA”. Além dos exames de rotina foi solicitado inclusive o exame de gravidez, que apontou resultado negativo.