Peritos do IC (Instituto de Criminalística) não conseguiram fazer a perícia no celular do advogado, José Arthur Vanzella Seba, 32 anos, filho do secretário de Planejamento de Votuporanga-SP, (a 81 km) de Rio Preto, ele foi morto com dois tiros na nuca ao negociar um terreno na Estância São Pedro em 19 de julho do ano passado. O mandante e executor do crime estão presos.
Um despacho publicado na edição do Diário da Justiça desta segunda-feira (17) explica que não foi possível colocar a senha no aparelho que é um modelo Iphone.
A juíza da 3º Vara Criminal de Rio Preto, Carolina Marchiori Bueno Cocenzo, informou a Apple, empresa fabricante, todos os dados que possuía a respeito do telefone, “Fica indeferido o requerimento de perícia em razão de impossibilidade técnica para a sua realização”.
A magistrada também negou o pedido feito pela defesa para examinar o notebook de Vanzella, ela entende que as provas já anexadas no processo são suficientes e justifica a proximidade da audiência de instrução do caso, que é a etapa quando advogados e promotoria buscam provar seus argumentos ao juiz da causa, apresentando as provas: depoimentos, laudos e outros documentos.
“Eventual complementação que as partes entenderem necessária ao julgamento do mérito da causa poderá ser analisada oportunamente na próxima fase, se for o caso de pronúncia”. Finaliza Marchiori Bueno.
Na fala da advogada Mariana Pascon, que atua na defesa de dois acusados, Claudio Yuri Batista e Keissel Eduardo de Oliveira, o ‘Boiadeiro’, indiciado no inquérito da Polícia Civil como o homem que teria efetuado os disparos. “É apenas uma perícia dentro de um contexto a defesa continua sua linha e aguardando a próxima audiência, apenas isto”.
O CASO
Thui Seba pretendia investir em um terreno e foi com o sócio de 27 anos até um loteamento do bairro da zona Norte da cidade, durante a negociação apareceu um terceiro homem o ‘Boiadeiro’, conhecido por ser matador de aluguel oferecendo outra área.
O sócio contou à polícia que Seba teria ido atender o celular no carro quando ouviu uma discussão entre Keissel e Arthur, logo em seguida também os disparos.
Numa bolsa que estava dentro do carro da vítima, além de diversos papéis, tinha pouco mais de R$ 7 mil.
Na fala do delegado Wander Solgon da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) o motivo do assassinato seria o recebimento de três apólices, sendo que o principal beneficiário seria o sócio da vítima. “Não há nada que indique que seja uma coisa passional, existia movimentações financeira e divergências entre os dois na condução da empresa, mas nada sério, então aparentemente a motivação é financeira”, disse o delegado.
Claudio e Keissel estão aguardando julgamento que ainda não tem data marcada.