Nesta terça-feira (25), a Polícia Civil de São Paulo colheu mais depoimentos do inquérito no qual Neymar é acusado pela modelo Najila Trindade de ter praticado estupro e agressão. A delegada Juliana Bussacos e as promotoras de defesa da Mulher ouviram uma médica legista que fez o laudo sexológico no dia da denúncia.
Também prestaram depoimento Fabiano Verarddi, amigo de Najila que teria dado suporte emocional a modelo, e Danilo Garcia de Andrade, seu ex-advogado, que compareceu espontaneamente.
Andrade abandonou o caso no dia 10 de junho, depois que a modelo não entregou as provas do crime. Ele foi à delegacia para apresentar a renúncia do caso e teria dado mais detalhes da suposta alegação do sumiço do tablet e do celular da modelo, onde estariam as imagens do crime e as mensagens trocadas com o jogador.
Na semana passada, a polícia francesa recolheu imagens do hotel onde Neymar teria se encontrado com a modelo Najila. De acordo com a promotora de Enfrentamento à Violência Doméstica, Estefânia Paulin, no entanto, as gravações ainda não estão nos autos do inquérito. “Tudo que nós podemos colher de provas vai ser útil para a gente. Tudo ajuda a elucidar. Como sempre tenho dito: crime supostamente cometido, aconteceu entre quatro paredes, então tudo que nos for útil vai ser analisado e bem-vindo”
A defesa da modelo pediu para que o ginecologista que teria atendido Najila dias depois dela ter ido à Paris fosse ouvido como testemunha, mas a delegada responsável pelo caso ainda não analisou a solicitação.
A polícia civil tem 30 dias para concluir o inquérito, mas o prazo é prorrogável.
Segundo a promotora, cabe a delegada indicar o que falta para encerrar a investigação. “Ela me disse agora que ela vai ler tudo novamente, como nós estamos fazendo sempre, para ver se precisa ouvir mais alguém. Em princípio, mais ninguém, mas aí vai depender dela agora.”
Najila Trindade fez o Boletim de Ocorrência contra Neymar no dia 31 de maio, mas o crime de estupro teria ocorrido no dia 15 do mesmo mês, em Paris.