O corpo de Lázaro Barbosa, morto pela polícia após uma caçada que durou mais de duas semanas e acusado de cometer assassinatos e outros crimes em Goiás e Distrito Federal, foi enterrado em Cocalzinho na última quinta-feira (1).
A cerimônia foi restrita à família, com cerca de 20 pessoas. Os custos do enterro, de acordo com uma representante da agência funerária, foram pagos de forma anônima por um terceiro, com a ajuda de um advogado.
Sem a versão do suspeito e assassino, a polícia investiga se Barbosa foi auxiliado por uma rede de apoio no período em que ficou escondido na mata. A investigação ganhou novos contornos após a prisão de um fazendeiro e um caseiro – este último, Allain Reis de Santana, prestou depoimento e foi liberado após entregar o patrão à polícia.
Em entrevista, o caseiro afirmou que viu o assassino carregando o celular, escondido, sem saber que era Barbosa. Em outra oportunidade, foi ameaçado pelo criminoso e deu detalhes sobre os momentos em que estava na presença do assassino.
Questionado sobre a relação entre o fazendeiro Elmi Caetano e Lázaro, Allain afirmou que o patrão chamava Barbosa para se alimentar.
Diante da situação, e mesmo com a morte do assassino, Allain diz que ainda sente medo e que “provavelmente vai ter que sair [da cidade] para procurar emprego”. “Minha família fica em casa sozinha, sem segurança nenhuma. Só que eu estou aliviado, não pela morte dele porque não desejo a morte pra ninguém, mas por agora estar andando em paz, seguir minha vida. Só desejo que isso aí seja esclarecido”.