Marcada para as 8h30, os responsáveis e familiares interrogados pela Justiça chegaram ao local por volta das 9h da manhã, em uma van da prefeitura de Castelo do Piauí. Para evitar e tumulto e não chamar a atenção da imprensa, os quatro menores teriam chegado ao local ainda na noite de quarta-feira (10), por volta das 18h, de acordo com informações do site O Olho.
A delegada Tânia Miranda, que investiga crimes de feminicídio no Piauí, e o defensor público Gérson Henrique, responsável pela defesa dos acusados, informaram que não poderiam dar maiores detalhes sobre os interrogatórios pois o caso corre em segredo de justiça. A delegada, no entanto, assegurou que será realizada uma nova audiência, ainda sem data definida, a fim de ouvir as vítimas para que estas contem mais detalhes sobre o crime.
Segundo a publicação do site O Dia, o juiz Antônio Lopes, titular da 2ª Vara da Infância e da Juventude de Teresina, alegou que a recuperação dos acusados é praticamente impossível. “Não há mais recuperação para esses meninos. O sistema não permite mais. Só se eles mudarem por conta própria, mas o nosso sistema não permite essa mudança”, afirmou após o término dos depoimentos prestados pelos acusados.
O promotor Cesário de Oliveira deu novos detalhes sobre o crime, conforme a publicação. Segundo o promotor, em cima do morro no qual se deu o crime, Adão, de 40 anos e principal acusado, estaria dormindo há vários dias em uma rede armada em um cajueiro. Junto à rede estavam guardados vários metros de barbante. As vítimas foram arrastadas enquanto estavam desacordadas e em seguida jogadas de cima do morro, uma a uma. Após jorgá-las, os menores desceram e as golpearam na cabeça com pedras. “O Adão e os meninos obrigaram que uma das meninas amarrasse as demais. Após estarem todas amarradas eles começaram os estupros e os espancamentos. Quando elas desmaiaram, eles pegaram de uma a uma e arrastaram até o topo da pedra. De lá iam soltando para que caíssem. Após caírem, os menores desceram o morro e tentaram matar todas elas com pedradas na cabeça”, revelou o promotor.