sábado, 23 de novembro de 2024
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Casal que planejou a morte de pai e filho é indiciado por latrocínio

A Polícia Civil indiciou o casal Viviane More e Carlos Ramos pelo latrocínio de Wladmyr Ferreira Baggio, de 56 anos e do filho dele, Vitor More Baggio, de 22 anos,…

A Polícia Civil indiciou o casal Viviane More e Carlos Ramos pelo latrocínio de Wladmyr Ferreira Baggio, de 56 anos e do filho dele, Vitor More Baggio, de 22 anos, que foram brutalmente assassinados na madrugada de 11 de maio, na propriedade rural da família, em Votuporanga (SP). As vítimas são pai e irmão de Viviane, que teria encomendado a morte da própria família para ela poder ficar com a herança de R$ 2 milhões.

Os dois criminosos, que foram contratados para roubar e matar as vítimas pelo valor de R$ 30 mil, também foram indiciados pelo mesmo crime. Todos estão presos.

De acordo com a Delegacia de Investigações Gerais (DIG), marido e mulher combinaram de pagar R$ 10 mil por cada vítima. A mãe de Viviane também era alvo dos bandidos e só não foi morta porque precisou viajar no dia do crime. Imagens de câmeras de segurança de um estabelecimento mostram o momento em que o casal contrata os bandidos para executar o plano.

Wladmyr e Vitor foram amarrados, espancados, amordaçados, tiveram os olhos vendados e foram executados com tiros na cabeça. Vitor chegou a ser socorrido com vida e levado para a Santa Casa, mas não resistiu. Já Wadmyr morreu no local.

Viviane e Carlos foram presos no dia 22 de maio e até o momento não confessaram o crime. Em depoimento, Viviane contou que no ano passado registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) acusando o pai de estupro de vulnerável, onde ele teria a violentado quando ela ainda era criança. O caso segue em investigação.

Ainda de acordo com a DIG, a motivação do latrocínio seria vingança por um desentendimento familiar, onde o objetivo de Viviane era matar os pais e o irmão para ficar com a herança avaliada em R$ 2 milhões.

Em áudios da negociação com os bandidos, também divulgados pela polícia, o casal já sabia da possível condenação, caso fossem presos e qual advogado seria contratado para o júri. Os quatro acusados vão a júri e poderão pegar até 30 anos de prisão.

Viviane está presa no presídio feminino de Tremembé, também no interior de São Paulo. A unidade é conhecida por abrigar presas de casos de grande repercussão, como Suzane Von Richthofen, condenada também pela morte dos pais, além de Anna Carolina Jatobá, acusada de matar a enteada Isabella Nardoni, após jogá-la da janela do prédio em São Paulo.

Carlos está preso no presídio de Presidente Prudente (SP) e os outros dois criminosos em São José do Rio Preto.

Semelhança com o caso Von Richthofen
Suzane conheceu o namorado Daniel, em agosto de 1999 e começaram um relacionamento pouco tempo depois. Ambos se tornaram muito próximos, mas o namoro não tinha o apoio das famílias, principalmente dos pais Richthofen, que proibiram o relacionamento. Suzane, Daniel Cravinhos e o irmão dele, Cristian Cravinhos, então criaram um plano para simular um latrocínio e assassinar o casal Richthofen, assim os três poderiam dividir a herança de Suzane.

No dia 31 de outubro de 2002, Suzane abriu a porta da mansão da família no Brooklin, em São Paulo, para que os assassinos, conhecidos como irmãos Cravinhos, pudessem acessar a residência. Depois disso eles foram para o segundo andar do imóvel e mataram Manfred e Marísia com marretadas na cabeça.

Suzane e Daniel Cravinhos foram condenados a 39 anos e 6 meses de prisão; Cristian Cravinhos foi condenado a 38 anos e 6 meses de reclusão.

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