Os carteiros dealguns estados da União entraram em greve por tempo indeterminado na noite desta segunda-feira (30). A argumentação é de que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) não cumpriu o acordo sobre o pagamento de 30% sobre a periculosidade, que já havia sido firmado na última greve, em abril.
Correios entram em greve por tempo indeterminado
Publicado por Paula Melech
01-Jul-2008 09:42
Categoria afirma que não foi cumprido o acordo do pagamento de 30% sobre a periculosidade, que já havia sido firmado na última greve, em abril
Os carteiros do Paraná entraram em greve por tempo indeterminado na noite desta segunda-feira (30). A argumentação é de que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) não cumpriu o acordo sobre o pagamento de 30% sobre a periculosidade, que já havia sido firmado na última greve, em abril.
Segundo nota, o Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná afirmou que “a empresa não cumpriu vários pontos do acordo da nossa última greve, realizada em abril, entre eles a incorporação do adicional de risco, a negociação do plano de carreira e a revisão da distribuição da participação nos lucros. Nada disso foi cumprido”.
A categoria afirma que a presidência dos Correios não cumpriu o adicional de risco, garantido através de um acordo que teve o aval do presidente Lula. A concessão do adicional estaria vinculada a uma série de critérios de desempenho, produtividade e faltas, ainda que justificadas por atestado médico.
As entregas e postagem de correspondências funcionaram de forma mais lenta, já que 70% dos funcionários permanecem trabalhando, de acordo com Nilson Rodrigues dos Santos, secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Paraná. “A greve só vai terminar quando as reivindicações forem atendidas”.
O secretário aponta que os pedidos feitos pela categoria na última greve, em abril, não foram atendidos. “Nada do que foi prometido foi cumprido. A empresa não honrou o que havia combinado com a categoria, como o aumento do piso, participação nos lucros e plano de cargos e salários”, afirma Santos.
As atividades de entrega estão paralisadas para triagem e recebimento de correspondências nas agências, que envolvem aproximadamente quatro mil trabalhadores no estado. Além do Paraná, os sindicatos dos estados do Amazonas, Bahia, Goiás, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia e Sergipe, do Distrito Federal, e das cidades de São Paulo, Campinas, São José do Rio Preto, e da região do Vale do Paraíba aderiram à greve.