O carteiro Alysson Douglas da Silva, incendiado por assaltantes dentro de casa, em Barretos (SP), por só ter R$ 30 durante um roubo, foi transferido para a unidade de queimados do Hospital Padre Albino, em Catanduva (SP), na madrugada desta sexta-feira (9).
A informação foi confirmada pela Assistência Social do hospital. O jovem de 22 anos sofreu queimaduras de terceiro grau em 60% do corpo e seu estado de saúde é grave.
De acordo com a Assistência Social da Santa Casa de Barretos, Silva foi transferido a meia-noite em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) móvel, ambulância equipada para conduzir pacientes em estado grave. Casado e com uma filha, o jovem de Presidente Prudente (SP) havia se mudado há três meses para a cidade depois de passar em um concurso dos Correios. Depois do crime, a família quer se mudar do local.
Com lágrimas nos olhos, o pai do carteiro, Ademilson Alves, contou que o filho é um rapaz trabalhador. Ele espera que os agressores sejam punidos pelo ato. ”É crueldade a gente ver um filho que trabalha queimado por vândalos. Ainda bem que não tiraram a vida dele, graças a Deus. A gente quer que ele melhore e que Deus perdoe essas pessoas que fazem isso, que não façam mais”, disse.
O crime
O carteiro Alysson Douglas da Silva, de 22 anos, foi incendiado por assaltantes dentro de sua casa na madrugada de quinta-feira (8).
Segundo a Polícia Civil, ele teve 60% do corpo queimado por dois homens que se irritaram com o rapaz porque ele tinha apenas R$ 30 no bolso. Os suspeitos ainda não foram identificados.
A vítima foi abordada na garagem de casa depois de deixar a mulher na rodoviária. Mesmo sem reagir ao assalto, de acordo com primeira versão dada pelo carteiro, os ladrões pegaram um galão de gasolina que estava guardado em seu carro, despejaram sobre seu corpo e atearam fogo. Em chamas, o rapaz ainda conseguiu correr para a rua e pedir ajuda.
Segundo a delegada Silvana Ferreira da Silva, o caso está sendo investigado como roubo qualificado. O próximo passo, de acordo com a polícia, é refazer todo o percurso da vítima na noite do crime, bem como apurar a rotina do carteiro para tentar identificar os suspeitos.
A pena para os responsáveis pelo ato pode variar de quatro a dez anos de prisão, caso a vítima sobreviva às queimaduras, ou de 20 a 30 anos de detenção, em caso de morte.